“…Cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (Brasil, 2018). O setor de Terapia Intensiva, dentro da rede de atenção terciária à saúde do Sistema Único de Saúde, vivência em sua prática casos críticos aplicáveis à medicina paliativa, que transpassam o esforço curativo e incluem reuniões interdisciplinares com especialistas, acompanhamento de dor no paciente e psicológico junto a familiares, mas tais protocolos ainda não são universais e suscitam maiores discussões (Marçola et al, 2017). Nas modernas Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas (UTIP) ou Neonatais (UTIN), quando não há mais tratamento viável, a restrição ou remoção de medidas de suporte de vida (MSV) visa permitir a morte da criança, de forma dignificada e humanizada, aliada aos princípios básicos de medicina paliativa do controle efetivo de dor e de desconforto na fase terminal e cuidados centrados na família, considerando honestidade mútua, participação nas decisões e respeito à religiosidade (Piva et al, 2011;Garros, 2003).…”