Ser autônomo: o que os serviços de saúde mental indicam?

Abstract

Resumo OBJETIVO Construir indicadores qualitativos de resultado na Atenção Psicossocial relacionados à autonomia na perspectiva dos usuários e familiares. MÉTODO Estudo de caso avaliativo, com referencial teórico hermenêutico-dialético em um Centro de Atenção Psicossocial no Rio Grande do Sul, Brasil. A primeira etapa da coleta de dados, fevereiro-julho/2014, consistiu na construção de indicadores a partir da análise dos dados qualitativos de duas pesquisas avaliativas neste mesmo serviço. A segunda etapa, agosto-setembro/2014, validou os indicadores construídos por meio de grupos focais com nove usuários e nove familiares. RESULTADO Os participantes apontaram três indicadores qualitativos relacionados à sua autonomia como resultado da inserção no serviço, sendo eles, melhora na autogestão da renda, melhor desenvolvimento das atividades do cotidiano e maior poder de negociação. CONCLUSÃO A metodologia utilizada mostrou-se adequada para criação de indicadores qualitativos na perspectiva de usuários e familiares, bem como apontou que o serviço auxilia no processo de conquista da autonomia.

State of the art of participatory and user-led research in mental health in Brazil: A scoping review

“…Group validation of results was the most common participation strategy (Kantorski et al, 2009; Onocko Campos et al, 2009; Jorge et al, 2012; Emerich et al, 2014; Gonçalves and Campos, 2017; Alves et al, 2018; Massa and Moreira, 2019; Palmeira et al, 2021). Only two studies explicitly stated that participants were involved in all stages of research (Chassot and da Silva, 2018; Vaz et al, 2019).…”

“…One study described participation as a tool to increase political reflection, bring attention to the rights participants may have lost, and increase the relevance of research (Moreira, 2021). Studies that employed fourth-generation evaluation methods highlighted the importance of stakeholder involvement in all stages of research to level power asymmetries in research and increase the relevance of knowledge produced (Jorge et al, 2012; Emerich et al, 2014; Alves et al, 2018; Senna and Azambuja, 2019; Palombini et al, 2020). One example of fourth-generation evaluation included service users, managers, psychiatry residents, and family members to translate, adapt, and test a medication management tool for people with serious mental illness.…”

“…This is reinforced by power imbalances favoring professional and academic knowledge (Onocko Campos et al, 2012). Increasing autonomy is an important treatment outcome in the selected studies (Kantorski et al, 2009; Onocko Campos et al, 2009; Jorge et al, 2012; Emerich et al, 2014; Lima et al, 2014; Gonçalves and Campos, 2017; Alves et al, 2018; Chassot and da Silva, 2018; Senna and Azambuja, 2019; Palombini et al, 2020; Passos et al, 2020; Moreira, 2021; Palmeira et al, 2021). Historically, the Psychiatric Reform movement posed the redefinition of the meaning of autonomy for community based mental health service users as a clinical-political challenge.…”

Funcionalidades para modelo de aplicativo de smartphone para prevenção do comportamento suicida

“…Nesse sentido, sabe-se que a autonomia é uma das bases do processo de desinstitucionalização e da reforma psiquiátrica e, sua conquista, pode ser contemplada com o processo do cuidado clínico dos sujeitos (Alves, et al, 2018). Esse processo de possibilitar e fortalecer a autonomia pode se dar a partir da construção de espaços e dispositivos de cuidado horizontalizados, bem como através do acolhimento, da co-responsabilização e da promoção da autonomia da pessoa (Gonçalves, & Campos, 2017;Jorge et al, 2011).…”

Avaliação Da Rede De Atenção Psicossocial

“…No intuito de verificar o que se tem publicado sobre avaliação dos CAPS no Brasil e em Minas Gerais, foi realizado levantamento bibliográfico de 2015 a 2020, utilizando os seguintes descritores: avaliação, CAPS e Saúde Mental. Boa parte dos estudos encontrados são pesquisas qualitativas que buscam avaliar a percepção dos usuários e/ou familiares sobre o atendimento ou qualidade dos CAPS (SILVA, LIMA e RUAS, 2018;VANZELA e PEGORARO, 2018;DE BESSA et al, 2019;TRAPÉ e ONOCKO-CAMPOS, 2017;ALVES, et al, 2017;ALVES, et al, 2018;GONÇALVES e CAMPOS, 2017). Outro enfoque muito encontrado é a percepção dos profissionais a respeito do trabalho, com avaliação da assistência prestada aos usuários e familiares (SANTOS et al, 2018;RIBEIRO, et al, 2018;SILVA e LIMA, 2017c;ONOCKO-CAMPOS et al, 2017;AZEVEDO et al, 2015;LOUZA, 2018;MOURA, RONCALLI e NORO, 2016, SANTOS et al, 2017SILVA e SCHLINDWEIN, 2017;AZEVEDO, SALVETTI e TORRES, 2017;ABREU et al, 2018).…”