2016
DOI: 10.1590/1982-451320160302
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As comunidades de fundo de pasto e o processo de formação de terras de uso comum no semiárido brasileiro

Abstract: RESuMO:O rural brasileiro caracteriza-se por uma grande diversidade de formas de territorialização camponesa, principalmente quando são consideradas as diferentes comunidades tradicionais presentes no país. Assim, o objetivo deste artigo é compreender o processo de territorialização das comunidades de Fundo de Pasto no semiárido brasileiro, mais especificamente no estado da Bahia. Para tanto, a análise considerou a construção de um breve estado da arte dos autores das ciências humanas que tem estudado estas co… Show more

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“…Os FP, portanto, são assim designados fundamentalmente por conta do uso comum da terra, um modo de desenvolvimento socioterritorial peculiar na sociedade rural brasileira (GARCEZ,1987), o qual fomenta arranjos produtivos locais, participativos, baseados em relações de troca, reciprocidade e compadrio (AQUINO; MELO, 2019;CARVALHO, 2014;2016;MARQUES, 2016), os quais estimulam a segurança e soberania alimentar nesses territórios (BASTOS, 2020;SABOURIN et al, 1999). Almeida (2019), ao estudar a dinâmica eco-geopolítica da fome e as relações de poder na governança global da segurança alimentar, trata a busca da soberania alimentar enquanto ato de resistência ao poder das grandes corporações, elencando a agroecologia e o trabalho de organizações como a Via Campesina enquanto cruciais para esse enfrentamento:…”
Section: Referencial Teóricounclassified
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“…Os FP, portanto, são assim designados fundamentalmente por conta do uso comum da terra, um modo de desenvolvimento socioterritorial peculiar na sociedade rural brasileira (GARCEZ,1987), o qual fomenta arranjos produtivos locais, participativos, baseados em relações de troca, reciprocidade e compadrio (AQUINO; MELO, 2019;CARVALHO, 2014;2016;MARQUES, 2016), os quais estimulam a segurança e soberania alimentar nesses territórios (BASTOS, 2020;SABOURIN et al, 1999). Almeida (2019), ao estudar a dinâmica eco-geopolítica da fome e as relações de poder na governança global da segurança alimentar, trata a busca da soberania alimentar enquanto ato de resistência ao poder das grandes corporações, elencando a agroecologia e o trabalho de organizações como a Via Campesina enquanto cruciais para esse enfrentamento:…”
Section: Referencial Teóricounclassified
“…São processos que geram maior autonomia e construções mais complexas e contextualizadas dos saberes e fazeres locais aplicados à conservação e defesa do território, ressignificando a lógica do desenvolvimento territorial. Evidenciam, ainda, a importância da Educação em Agroecologia através do protagonismo dos movimentos sociais na construção de outros currículos nas escolas do campo(ARROYO, 2015).Por outro lado, com relação à dimensão das políticas públicas (item 12 da temporalidade da transição), a inserção do município (Monte Santo -BA) e de suas comunidades de FP no contexto dos mecanismos de planejamento e gestão pública do Território do Sisal, ainda é impactada pela internacionalização do capital e seus reflexos sobre o estado, um desafio concreto no âmbito da temporalidade da superação Marques (2016),. ao estudar esses FP, ressalta que compreender a criação dos territórios institucionais ("rurais" e "da cidadania" em escala nacional, e "de identidade" em escala estadual) é problematizar essencialmente a forma de atuação do estado enquanto agente na produção capitalista do espaço.…”
unclassified
“…Os FP, portanto, são assim designados fundamentalmente por conta do uso comum da terra, um modo de desenvolvimento socioterritorial peculiar na sociedade rural brasileira (GARCEZ,1987), o qual fomenta arranjos produtivos locais, participativos, baseados em relações de troca, reciprocidade e compadrio (AQUINO; MELO, 2019;CARVALHO, 2014;MARQUES, 2016), os quais estimulam a segurança e soberania alimentar nesses territórios (BASTOS, 2020;SABOURIN et al, 1999). Almeida (2019), ao estudar a dinâmica eco-geopolítica da fome e as relações de poder na governança global da segurança alimentar, trata a busca da soberania alimentar enquanto ato de resistência ao poder das grandes corporações, elencando a agroecologia e o trabalho de organizações como a Via Campesina enquanto cruciais para esse enfrentamento: O SiTA se estrutura em torno de temporalidades, ou seja, cada temporalidade é caracterizada por eventos específicos.…”
Section: Introductionunclassified
“…Dentro desse conjunto de grupos reconhecidos como povos e comunidades tradicionais, nosso trabalho volta-se especificamente para a experiência em um contexto de uma comunidade de fundo de pasto. Os fundos de pasto são constituídos como territórios tradicionais que se configuram: pelos modos de posse e uso comum de uma área de terra para criação de animais, especialmente caprinos e ovinos; pela agricultura de subsistência realizada em roças cercadas e individuais; por formar uma comunidade, geralmente de origem familiar comum (Marques, 2016). Próprio da cultura e formação social sertaneja, os fundos de pasto são hoje específicos da Bahia.…”
Section: Introductionunclassified