“…Os FP, portanto, são assim designados fundamentalmente por conta do uso comum da terra, um modo de desenvolvimento socioterritorial peculiar na sociedade rural brasileira (GARCEZ,1987), o qual fomenta arranjos produtivos locais, participativos, baseados em relações de troca, reciprocidade e compadrio (AQUINO; MELO, 2019;CARVALHO, 2014;MARQUES, 2016), os quais estimulam a segurança e soberania alimentar nesses territórios (BASTOS, 2020;SABOURIN et al, 1999). Almeida (2019), ao estudar a dinâmica eco-geopolítica da fome e as relações de poder na governança global da segurança alimentar, trata a busca da soberania alimentar enquanto ato de resistência ao poder das grandes corporações, elencando a agroecologia e o trabalho de organizações como a Via Campesina enquanto cruciais para esse enfrentamento: O SiTA se estrutura em torno de temporalidades, ou seja, cada temporalidade é caracterizada por eventos específicos.…”