O presente trabalho propõe-se a apontar a importância da família como rede de apoio a crianças com autismo, considerando as relações afetivas como base para o cuidado e desenvolvimento destas. O autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é caracterizado como um transtorno global de desenvolvimento e de neurodesenvolvimento, que pode provocar alterações no processo biopsicossocial do sujeito. Por atingir cerca de 1% da população mundial, o autismo é considerado um assunto de saúde púbica, mostrando a importância de estudos acerca da questão. A Psicologia busca identificar potencialidades e também comprometimentos em relação ao desenvolvimento infantil no espectro autista, promovendo adaptações no contexto familiar e estimulando a criança na busca por sua autonomia. O autismo pode provocar muitos desajustes na rotina familiar, demandando dedicação, afeto e muita resiliência da família, a mesma se torna uma das primeiras e principais redes de apoio durante todo processo maturacional. A metodologia tem um caráter bibliográfico de cunho qualitativo, a coleta de dados foi feita em livro, artigos, periódicos, físicos e online, os descritores foram colhidos a partir do tema e dos objetivos que se propôs trabalhar nesse artigo, classificamos os artigos por temática (autismo, família, afetividade), e por ano de publicação do material, ou seja, sendo a maior parte do material dos últimos cinco anos. Os indivíduos com TEA possuem comprometimento na comunicação, sociabilização e a imaginação. A família se torna os primeiros agentes de socialização e inclusão contribuindo para o desenvolvimento humano. Este suporte familiar está pautado, não somente pelos laços consanguíneos, mas baseada em qualquer organização familiar que esteja alicerçada na afetividade. Essa afetividade esta implicada no desenvolvimento cognitivo, social, e emocional, e, portanto, sendo uma ferramenta importante nas relações da criança com autismo. Apesar do funcionamento familiar ser bastante afetado pelo diagnóstico e pelas mudanças advindas do TEA, é importante que a família possa ressignificar o diagnóstico mobilizando-se em prol do tratamento. Compreende-se que as famílias necessitam de suporte social para enfrentamento do transtorno, se adequando as necessidades e anseios da criança com autismo afim de proporcionar qualidade de vida sendo esse cuidado familiar atravessado pelo afeto.