2019
DOI: 10.1590/1982-3703003221929
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Abstract: Resumo O artigo aborda práticas do serviço Rede de Atenção à Pessoa Indígena – vinculado ao Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo –, no período de 2015 a 2017, visando discutir os impactos de mudanças nos procedimentos de visitas às comunidades para a formação do psicólogo. A exposição do corpo do psicólogo em formação a contextos ritualizados segundo padrões distintos de sua cultura de origem faz emergir inquietações e angústias que caracterizam o modo… Show more

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“…O próprio processo de escrita da primeira autora, ancorada em uma perspectiva cultural e dialógica em Psicologia, apoia-se nas proposições teórico-metodológicas do segundo autor (Guimarães, 2020a(Guimarães, , 2020b(Guimarães, , 2017(Guimarães, , 2013(Guimarães, , 2012 sobre o processo de construção de conhecimento. Entendemos que toda construção de sentido é culturalmente situado e deriva dos ritos e mitos próprios de um certo campo cultural específico que baliza os limites e possibilidades de emergência de elaborações afetivo-cognitivas, propondo um certo modo de elaboração de conhecimento direcionado para a ação no mundo, processo esse que resulta em novidades, através desse processo criativo singular que, antes de propor alguma reflexão ou novidade no campo da construção de conhecimento (nesse caso, científico), emerge da experiência pessoal da pesquisadora engajada em e afetada por experiências concretas (Bastos & Guimarães, 2014;Guimarães et al, 2019), ou seja, pelos ritos, que afetam o corpo enquanto sujeito empírico, atravessado pelas dimensões sensoriais, estéticas e afetivas das trocas cotidianas e concretas (Guimarães, 2017).…”
Section: Desenvolvimentounclassified
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“…O próprio processo de escrita da primeira autora, ancorada em uma perspectiva cultural e dialógica em Psicologia, apoia-se nas proposições teórico-metodológicas do segundo autor (Guimarães, 2020a(Guimarães, , 2020b(Guimarães, , 2017(Guimarães, , 2013(Guimarães, , 2012 sobre o processo de construção de conhecimento. Entendemos que toda construção de sentido é culturalmente situado e deriva dos ritos e mitos próprios de um certo campo cultural específico que baliza os limites e possibilidades de emergência de elaborações afetivo-cognitivas, propondo um certo modo de elaboração de conhecimento direcionado para a ação no mundo, processo esse que resulta em novidades, através desse processo criativo singular que, antes de propor alguma reflexão ou novidade no campo da construção de conhecimento (nesse caso, científico), emerge da experiência pessoal da pesquisadora engajada em e afetada por experiências concretas (Bastos & Guimarães, 2014;Guimarães et al, 2019), ou seja, pelos ritos, que afetam o corpo enquanto sujeito empírico, atravessado pelas dimensões sensoriais, estéticas e afetivas das trocas cotidianas e concretas (Guimarães, 2017).…”
Section: Desenvolvimentounclassified
“…Ampliando a noção de rito enquanto práticas culturalmente situadas que se dão nas trocas cotidianas vivenciadas no encontro com o outro (Guimarães et al, 2019;Guimarães, 2017), entendemos que é a partir de um corpo afetivo e objetivo (Guimarães, 2017) que se disponibiliza a ser afetado e transformado pela participação ritual, que emergem, posteriormente, as construções de sentido possíveis de serem verbalizadas em uma narrativa compartilhável a respeito da emergência de novidade na construção de conhecimento (Bastos & Guimarães, 2014;Guimarães, 2017;2020b;Guimarães et al, 2019).…”
Section: Desenvolvimentounclassified
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“…Cada cultura organiza seus ritmos por meio de seus ritos, que consistem nas tarefas básicas do cotidiano, e para estar em sintonia seria preciso dividir na experiência do tempo um ritmo comum. O compartilhamento dos ritmos, portanto, é o que estaria na base de construção de planos comuns entre distintas posições (Guimarães, 2013;Guimarães et al, 2019;Jensen & Guimarães, 2018). A indisponibilidade de abertura para a alteridade, por sua vez, gera rupturas e uma impossibilidade de sintonização dos ritmos e dos afetos e, consequentemente, produz estereótipos, reforçando o preconceito.…”
unclassified
“…A noção de multiplicação dialógica é uma dessas inovações, que emergiu como recurso conceitual para a reflexão sobre limites e pontos de interdição que participam do diálogo, explicitando processos de compartilhamento e não-compartilhamento de trajetórias entre diferentes perspectivas socioculturais(Guimarães, Lima Neto, Soares, Santos, & Carvalho, 2019). Do ponto de vista metodológico, essas considerações levam à necessidade de se delinear como se dão as trajetórias de análise e interpretação dos enunciados, visando identificar as tensões relevantes para a análise interpretativa dialógica.…”
unclassified