INTRODUÇÃO: Não se deve limitar os seres humanos ao seu órgão sexual, pois as pessoas não são compostas apenas pela biologia: elas são produto de manifestações culturais, afetivas, sociais e psicológicas, em uma intrincada rede de sentidos que as torna únicas. Por esta razão, as discussões sobre as diversidades sexual e de gênero têm tomado grandes proporções na sociedade e no campo de atuação da Psicologia, considerando-se necessário promover acolhimento, autoconhecimento e aceitação ao sujeito que apresenta esta demanda ao serviço psicológico, sem imposições de qualquer ordem. OBJETIVO: Conhecer a percepção de psicólogas/os sobre sua compreensão e atuação acerca de gênero e sexualidade, aplicados à prática profissional. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada nas cidades do Norte de Minas Gerais, tendo sido entrevistadas/os dez psicólogas/os atuantes em diferentes áreas e abordagens teóricas, através do critério de saturação. Os dados empíricos foram produzidos por meio de entrevistas individuais e interpretados com base na análise do discurso de Pêcheux. RESULTADOS: Observou-se que a percepção destas/es psicólogas/os reflete, em grande parte, a forma com que a sociedade em geral lida com os conhecimentos acerca deste tema, predominantemente em caráter subjetivo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tema gênero e sexualidade não é discutido com a frequência que se poderia esperar no âmbito da graduação em Psicologia. Devido à importância do assunto, acredita-se ser relevante tratar dessa temática com um olhar mais próximo e embasado, pois até mesmo na construção do estudo foram perceptíveis lacunas quanto às referências acerca desse conteúdo.