O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune crônica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, inflamação em diversos órgãos e presença de dano tecidual. Por se tratar de uma doença incurável, o tratamento medicamentoso está baseado na supressão das atividades imunológicas, na prevenção contra o surgimento de danos orgânicos causados pela doença e de efeitos colaterais secundários aos fármacos utilizados, além do controle de comorbidades associadas. O objetivo deste estudo foi avaliar o tratamento farmacoterapêutico de pacientes do sexo feminino, com Lúpus Eritematoso Sistêmico em uma clínica de reumatologia localizada no interior de Minas Gerais. Trata-se de estudo transversal descritivo com abordagem analítica, desenvolvido numa cidade do interior de Minas Gerais. Todos os entrevistados eram do sexo feminino, casados, com idade entre 18 e 35 anos, renda mensal de 2 a 3 salários mínimos e ensino fundamental. Dentre os medicamentos utilizados houve o predomínio dos glicocorticoides e dos antimaláricos. A maioria relatou dificuldades relativas às reações adversas e na aceitação da enfermidade. Conclui-se que o tratamento medicamentoso do Lúpus Eritematoso Sistêmico deve ser avaliado e prescrito individualmente baseando-se nas necessidades do organismo de cada paciente. Sendo assim, este trabalho impulsiona a realização de mais estudos, tendo em vista a melhoria da assistência e da adesão ao tratamento do paciente com Lúpus Eritematoso Sistêmico.