2018
DOI: 10.1590/1982-02752018000100010
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Os mortos e feridos na “guerra às drogas”: uma crítica ao paradigma proibicionista

Abstract: Resumo A crítica ao proibicionismo, paradigma de política de drogas globalmente hegemônico, tem como ponto de partida a emergência da própria “questão das drogas”, em âmbito internacional, há aproximadamente um século. As motivações, as estratégias e os desdobramentos desse paradigma serão analisados em torno dos dois eixos que o constituem: a medicalização e a criminalização (ambos associados a questões morais profundamente arraigadas nas sociedades que o adotaram. O presente artigo se deterá nas particularid… Show more

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“…The main objectives of RAPS are humanization, a focus on the subject and not only on the disease, social inclusion and the deconstruction of stigmas and prejudices linked to people with psychiatric disorders and drug users. Despite its objectives focused on comprehensive care, RAPS has its implementation strongly challenged by anti-drug guidelines, still based on prohibition and the only negative image of subjects who use drugs, criminalizing its use and promoting a stigmatizing and prejudiced culture in society (3) .…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…The main objectives of RAPS are humanization, a focus on the subject and not only on the disease, social inclusion and the deconstruction of stigmas and prejudices linked to people with psychiatric disorders and drug users. Despite its objectives focused on comprehensive care, RAPS has its implementation strongly challenged by anti-drug guidelines, still based on prohibition and the only negative image of subjects who use drugs, criminalizing its use and promoting a stigmatizing and prejudiced culture in society (3) .…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…O uso de substâncias psicoativas (SPA) ou drogas está presente desde os primórdios da humanidade como uma permanente manifestação, relacionado a motivações religiosas, sociais, culturais e medicinais, o que remonta a um comportamento milenar de utilizar plantas e substratos de origem vegetal e animal para produzir alterações no estado de consciência, o que durante muitos séculos não apresentou maiores ameaças à sociedade constituída, pois geralmente se dava no bojo de rituais coletivos ou orientado por objetivos que a sociedade reconhecia como expressão de seus próprios valores (GABATZ et al, 2013;RYBCA;NASCIMENTO;GUZZO, 2018).…”
Section: Introductionunclassified
“…E, ainda que estratégias proibicionistas tenham sido aplicadas previamente em vários contextos socioculturais, foi em 1961, na Convenção Única sobre Entorpecentes, defendida, patrocinada e sediada pelos Estados Unidos, que o proibicionismo se consolida e se difunde para outros países, dentre eles o Brasil, enquanto prática de intervenção do Estado em relação a determinado conjunto de substâncias. Assim, várias nações se comprometeram a combater o "flagelo das drogas" e, para tanto, a punir quem as produzisse, vendesse ou consumisse (FIORE, 2012;RYBCA;NASCIMENTO;GUZZO, 2018).…”
Section: Introductionunclassified