“…Quando essas dúvidas não são sanadas mesmo com a intervenção pedagógica adequada e o ensino sistemático, esses escolares podem estar apresentando manifestações da disortografia. Desta forma, diante dos déficits nas habilidades cognitivo-linguísticas, na memória operacional fonológica e na conversão fonografêmica, os escolares diagnosticados com dislexia, em muitos casos, apresentam também, em co-ocorrência, a disortografia (BATISTA; GONÇALVES;SAMPAIO, 2010;NOBILE;BARRERA, 2016).Desta forma, é comum que escolares com dislexia apresentem, em co-ocorrência, a disortografia, pois os déficits necessários para realizar a conversão fonografêmica e o conhecimento linguístico, que são alterados pela dislexia, também trazem déficits para a aprendizagem da ortografia, uma vez que estes mecanismos influenciam diretamente ambos os diagnósticos.Na literatura nacional é possível encontrar estudos sobre o conhecimento ortográfico em escolares do ensino fundamental(CAPELLINI et al, 2011;ALVES;CASELLA;FERRARO, 2016;SAMPAIO et al, 2017). Tais estudos são de extrema importância para demonstrar qual o nível de conhecimento ortográfico que os escolares brasileiros apresentam sobre o sistema de escrita alfabético e para conhecer as características ortográficas de escolares com dislexia(CAPELLINI et al, 2011;ALVES;CASELLA;FERRARO, 2016), ajudando no conhecimento de manifestações que ajudam a realizar o diagnóstico diferencial destes escolares.Diante destes estudos(CAPELLINI et al, 2011;ALVES;CASELLA;FERRARO, 2016;BATISTA;CAPELLINI, 2017), é possível observar que escolares com dislexia do desenvolvimento apresentam maior número de erros de correspondência fonografêmica unívoca, quando comparados a escolares com bom desempenho acadêmico, e, em geral, menor número de acertos nos ditados realizados.…”