Assistência fonoaudiológica no sus: a ampliação do acesso e o desafio de superação das desigualdades

Abstract

OBJETIVO: avaliar a evolução da assistência fonoaudiológica no SUS, nos anos 2000, 2005 e 2010. MÉTODOS: trata-se de um estudo descritivo, cujas unidades de análise foram as regiões do Brasil e o universo dos municípios agregados em porte populacional. Foram analisados os anos de 2000, 2005 e 2010, e utilizados dados secundários para coletar informações sobre a quantidade e o valor pago por procedimentos realizados por fonoaudiólogos, além do número de profissionais no SUS. RESULTADOS: houve grande crescimento dos procedimentos de fonoaudiologia no país, com maior crescimento na região Norte. Entre os municípios, o maior crescimento ocorreu entre aqueles de menor porte populacional. Em 2010, 89,8% dos municípios brasileiros não realizaram nenhum tipo de procedimento em assistência fonoaudiológica no SUS. Entre 2000 e 2010, o coeficiente procedimentos/mil habitantes passou de 19,8 para 60,7. A evolução dos gastos com fonoaudiologia no SUS demonstrou que o crescimento proporcional destes procedimentos foi maior que o aumento dos gastos totais ambulatoriais. E entre os grupos, os atendimentos para órteses e próteses apresentaram o maior crescimento. Nos anos analisados, o país apresentou um aumento no número de fonoaudiólogos, apesar de ser evidenciado um déficit de profissionais em 2010. CONCLUSÃO: a evolução da assistência fonoaudiológica no SUS apresentou um crescimento significante, entre 2000 e 2010. Entretanto, ainda persiste uma má distribuição da assistência e de fonoaudiólogos no país, evidenciando a necessidade contínua de discussõessobre a universalização do acesso e a busca pela equidade na assistência fonoaudiológica.

Alterações fonoaudiológicas e acesso ao fonoaudiólogo nos casos de óbito por câncer de lábio, cavidade oral e orofaringe: um estudo retrospectivo

“…People in advanced stage of disease or out of therapeutic possibilities, tend to lose the function of some anatomical structures, as for the size and location of the tumor, as well as the specific type of treatment held Changes in swallowing, chewing and sucking are commonly reported in literature 28 and were ratified in this study, with the need to perform additional procedures that re-establish these activities, but the use of some devices ends up leading to implications in communication. Calheiros and Albuquerque highlight the importance of observing which structures the tumor has already affected, as well as the presence of devices such as feeding or tracheostomy tube, by checking the degree of commitment of feeding and communication functions 7 .…”

Oferta da Fonoaudiologia na rede pública municipal de saúde nas capitais do Nordeste do Brasil

“…There is a large gap and significant unmet need in SLH services in the public network (12) , as confirmed in the context described for the Northeast region. Certain issues may be at the heart of the current scenario, such as the historically low inclusion of SLH care in the public policies constructed by the Brazilian State, the hegemony of professional operations in individual clinics, primarily in the private sector, and the late inclusion of public health contents and experiences in the professional training curriculum, with even less integration within teaching services (4,24,25) .…”

“…Data referring to 2010, demonstrates that the number of SLH procedures per 1,000 inhabitants in the SUS Northeast region (4.31) was lower than the national average (6.07) (12) . Within this context, we also note the lack of indicators to estimate the workforce required to meet SLH health needs.…”

Carta ao editor: epidemiologia contemporânea e fonoaudiologia

“…In Brazil, the Health Informatics Department of the Unified Health System (DATASUS) at the Ministry of Health made available a range of databases with direct and indirect applicability for information production in the Speech, Language and Hearing Sciences. These include the Outpatient Information System (SIA-SUS) and the National Registry of Health Facilities (CNES), which, alongside demographic data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), were used to analyse the evolution of speech, language and hearing care in SUS between 2000 and 2010 9 . Another example refers to the estimated coverage of newborn hearing screening for SUS users in Brazil 10 , which used data from the Live Births Information System (SINASC), the SIA-SUS, the Interagency Health Information Network (RIPSA) and the Beneficiary Information System (SIB) of the National Agency of Supplementary Health (ANS).…”