A cronologia das pinturas rupestres da Caverna da Pedra Pintada, Monte Alegre, Pará: revisão histórica e novos dados

Abstract

Resumo O artigo apresenta uma síntese das diversas teorias sobre a cronologia das pinturas rupestres de Monte Alegre, assim como as características formais dos temas presentes no sítio Caverna da Pedra Pintada, a fim de identificar diferenças de estilos e, com isso, propor diferentes momentos na execução das pinturas. Para ajudar na contextualização das pinturas rupestres deste sítio, foram realizadas, em 2014, escavações próximo a uma das paredes com pinturas na caverna. Umconjunto de datações, associado a uma série de evidências materiais oriundas da escavação – tais como corantes, artefatos e fogueiras, além de manchas de fuligem sobre pinturas –, oferece possibilidades para ajudar na contextualização daatividade gráfica rupestre neste sítio.

Capítulo 8: Pueblos de la Amazonía antes de la Colonización Europea

“…Not far from the cave, there are beautiful polychrome paintings that were made on an exposed cliff face at Serra da Lua whose age is unknown. Detailed studies of the composition of the panels, the graphic motifs, and the presence of evidence of pigment production found in excavations suggest that rock art permeates the entire history of occupation in the region (Pereira and Moraes 2019). In some cases, the motifs painted on rocks and those on ceramics present striking similarities (Pereira 2010).…”

Linking anthropogenic burning activities to magnetic susceptibility: Studies at Brazilian archaeological sites

“…In Monte Alegre, the human occupation has been shown for up to 11,145 ± 135 14 C year B.P. [GX17413] (Pereira & Moraes, 2019; Roosevelt et al, 1996). The lithic industry consists of bifacial and one‐faced tools made from local and exogenous raw materials (Duarte‐Talim, 2019; Rodet et al, 2020).…”

A urna bordada: artesanato e arqueologia na Amazônia contemporânea

“…As pinturas de Monte Alegre são um bom exemplo disso. Apesar de terem sido identificadas em sítios arqueológicos localizados no oeste do estado do Pará (ver Roosevelt et al, 1996;Pereira & C. Moraes, 2019), as pinturas, e sobretudo alguns motivos específicos, 'viajam' por diversos cantos do estado. Elas compõem joias criadas por designers em Belém (Pereira, 2017), cerâmicas produzidas por artesãos em Icoaraci (Barreto, 2013) e decoram fachadas no Marajó (Figuras 4 e 5).…”