As deficiências visuais podem ocorrer de duas formas: congênita e adquirida. Na forma congênita, a pessoa já nasce com a deficiência, enquanto a forma adquirida é decorrente de um fator biológico externo. Entre os fatores que podem levar ao surgimento da cegueira estão o glaucoma, a diabetes e a hipertensão arterial. A pessoa com deficiência visual também pode apresentar diferentes graus de comprometimento, ou acuidade visual, a capacidade de distinguir objetos e espaço. O objetivo deste estudo foi descrever uma abordagem odontológica humanizada em paciente com deficiência visual. Paciente do gênero masculino, 58 anos, melanoderma, compareceu à Policlínica Odontológica da Universidade do Estado do Amazonas (POUEA) tendo como queixa principal “cuidar de seus dentes”. Durante a anamnese relatou não possuir doenças sistêmicas, não fazer uso de medicamentos de uso contínuo, ter hábito de escovação dental duas vezes ao dia, e como problema principal a dificuldade de obter atendimento odontológico devido sua deficiência. No exame físico não foi observada nenhuma alteração. No exame clínico intra-oral observou-se cárie profunda com indicação de endodontia no elemento 44, indicação de exodontia nos elementos 42 e 45, e tratamento periodontal. Através de uma abordagem humanizada foram realizadas a endodontia, restauração, cirurgias e periodontia necessárias, com total participação do paciente, tornando-o pró-ativo nas ações realizadas durante os procedimentos, bem como orientando-o com as técnicas mais adequadas para a promoção de sua saúde bucal.