Provimento médico na atenção primária à saúde no estado da Paraíba por meio do Programa Mais Médicos

Abstract

<jats:p>Resumo A provisão médica tem sido fruto de debates internacionais há décadas, inclusive no Brasil, onde há um cenário de déficit e má distribuição de médicos. Esta pesquisa objetivou descrever o perfil dos médicos inseridos no Programa Mais Médicos a fim de avaliar a qualidade do provimento médico. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal, descritivo, seguido de estudo de caso baseado em informações de 272 questionários, no período de 2015 e 2016.Os dados foram analisados com o programa estatístico IBM SPSS v.22.0. A idade média dos entrevistados foi de 38,2 anos, sendo 50,7% do sexo feminino, 11% estavam no primeiro emprego, 51,1% tinham entre 1 e 5 anos de formado e 85% disseram ter experiência de trabalho na Atenção Primária à Saúde. Observou-se que, com a implantação do Programa na Paraíba, houve uma mudança não apenas no quantitativo de médicos, como também no número de postos de trabalho, na interiorização e redistribuição desses profissionais. Todavia, há 22 municípios paraibanos sem médico, e 85,3% dos médicos inseridos no Programa sem título de especialista. Denota-se que as condições de acesso e a qualidade dos serviços prestados constituem um grande desafio a ser superado, com fundamental participação reguladora do Estado.</jats:p>

Potencialidades e desafios sobre o programa de provimento de médicos em um estado do Nordeste brasileiro

“…Devido a isso, relata-se que alguns carros da prefeitura não têm rotas em certas localidades, enfatizando a importância da flexibilidade dos profissionais na aceitação de translocação por motocicleta. A problemática relacionada ao transporte e à precariedade estrutural podem ser indicadores do porquê ainda existem 22 municípios paraibanos sem médico, como afirma Leitão et al 9 (2020).…”