“…Soma-se a isso, o fato de que o SUS enfrenta problemas conjunturais históricos, que se configuram como condicionantes prévios ao cenário atual, relacionados ao subfinanciamento, à baixa institucionalidade da capacidade de gestão, à falta de investimento na ampliação da atenção especializada e à redução de leitos na estrutura hospitalar, além dos processos de privatização em curso promovidos pelas contrarreformas do Estado brasileiro, que têm efeitos nefastos na garantia da efetividade do direito à saúde da população29 .Todavia, observa-se que no SUS, em meio aos impactos das políticas neoliberais de implantação do Estado mínimo, que culminam em processos de privatização, além da ausência da atuação coordenada do Governo Federal, os gestores e os trabalhadores de saúde, nos âmbitos estadual e local, têm desenvolvido Planos de Contingência da COVID-19, gerenciado os fluxos assistenciais e buscado suprir a necessidade de insumos, de medicamentos, de material e de equipamentos, particularmente de proteção individual30 . Destaca-se, ainda, a estrutura altamente qualificada da vigilância à saúde responsável pelo monitoramento dos casos e proposição de medidas de controle e de mitigação dos efeitos.…”