Integração Ensino-Serviço Na Formação De Profissionais Para Sistemas Públicos De Saúde

Abstract

Resumo A integração ensino-serviço, entendida pelo trabalho articulado de estudantes, professores e trabalhadores em cenário de prática, tem por finalidades a excelência da formação profissional e a qualidade do trabalho em saúde. O objetivo deste estudo é analisar, por meio da percepção dos discentes, a integração ensino-serviço, que ocorre durante o período de graduação em Farmácia. Trata-se de um estudo quantitativo, conduzido em 2018, caracterizado como levantamento de corte transversal, no qual aplicou-se um questionário estruturado. Participaram do estudo 155 acadêmicos de cursos de Farmácia, matriculados em três universidades, duas públicas e uma privada, localizadas na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados encontrados sinalizaram as potencialidades dos estágios em cenários de saúde pública para a formação de profissionais farmacêuticos mais confiantes para o futuro trabalho no Sistema Único de Saúde. Os dados obtidos revelaram a variável idade dos discentes como fator relevante para o reconhecimento das competências necessárias para o trabalho. Tais achados podem contribuir para o processo de elaboração ou reformulação curricular dos cursos de Farmácia, com vistas à formação de um profissional crítico, reflexivo e conhecedor da realidade de saúde local.

A integração ensino-serviço-comunidade no curso de Enfermagem: o que dizem os enfermeiros preceptores

“…Ao serem inseridos nos serviços de saúde, os estudantes aproximam-se do mundo do trabalho e de suas interfaces com os elementos que compõem o cotidiano da assistência à saúde e do cuidado, o que permite uma visão mais ampliada sobre as necessidades de saúde da população, das RAS e do SUS 13,16 , assegurando uma trajetória acadêmica diferenciada, e assim, favorecendo uma maior confiança para a futura atuação profissional nesses cenários [18][19] . Além disso, há que se considerar que a presença do estudante nos serviços de saúde promove rupturas na acomodação do fazer cotidiano de muitos profissionais, transformando, assim, a forma de pensar e agir sobre o cuidado em saúde 11,15 .…”

Integração ensino-serviço-comunidade na Atenção Primária à Saúde

“…Todos os dados encontrados foram incluídos no software StArt (State of the Art through Systematic Review), uma ferramenta de apoio a revisões sistemáticas, oferecendo apoio às etapas de planejamento, execução e análise final de dados 9 A importância e a contribuição da IESC são discutidas na maioria dos artigos selecionados e aparece como uma oportunidade ímpar para aliar a teoria e a prática, otimizando uma aprendizagem significativa para além das habilidades clínicas e mobilizando recursos cognitivos, psicomotores e afetivos nos estudantes 5,6,[10][11][12][13][14][15][16] . Aliado a isso, os cenários de prática proporcionam a visualização de possibilidades do exercício da profissão e o aprendizado com a prática diária 11,12,14,17,18 .…”

“…Ademais, permite-se um olhar ampliado, contextualizado, integral e social sobre o complexo processo saúde-doença, a riqueza cultural dos usuários e sobre o funcionamento do serviço e das políticas públicas 6,11,12,[21][22][23] . Passa-se a entender melhor como os serviços funcionam dentro da rede de saúde e da necessidade de compreender e executar a interdisciplinaridade 10,16,17,24,25 .…”

Segurança no uso dos medicamentos: revisão integrativa das estratégias utilizadas no ensino em saúde

“…Desenvolver a temática de segurança no uso dos medicamentos na formação dos estudantes é bastante complexo, pois envolve diversas variáveis, como práticas de ensino, método de trabalho, reflexão sobre a prática e problematização das realidades, indo além dos recursos estruturais disponíveis nas organizações de ensino e criando um ambiente de confiança que permita uma proposta pedagógica unindo a teoria à prática (Freitas et al, 2016;Nam-Ju, Haena & Su-Yeon, 2016). O desenvolvimento destas competências permeia a organização das atividades e a construção com os discentes (Ferreira e Nunes, 2019;Souza e Bonamigo, 2019). Incluir os estudantes nas problemáticas e nos cenários de prática proporciona a interação dos discentes com o serviço de saúde, aprimorando o reconhecimento das competências necessárias para o trabalho (Souza e Bonamigo, 2019).…”

“…O desenvolvimento destas competências permeia a organização das atividades e a construção com os discentes (Ferreira e Nunes, 2019;Souza e Bonamigo, 2019). Incluir os estudantes nas problemáticas e nos cenários de prática proporciona a interação dos discentes com o serviço de saúde, aprimorando o reconhecimento das competências necessárias para o trabalho (Souza e Bonamigo, 2019). Assim como essa aproximação permite troca entre a universidade e o serviço, gerando campo de estágio, desenvolvimento de projetos e troca de saberes, entre o profissional, discente e docente (Blatt et al, 2014).…”