Introdução: a literatura médica tem registrado que entre estudantes de medicina, com o evoluir do curso, ocorre decréscimo nos escores de empatia bem como um acréscimo de estresse, sintomas depressivos e esgotamento. Porém há poucos estudos que tenham avaliado como os níveis de empatia se comportam durante a graduação em todos os anos do curso. Objetivo: avaliar como se comportam os escores de empatia dos estudantes de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS da PUC-SP) em todos os anos letivos. Participantes e Métodos: trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo, experimental (de levantamento). Foram avaliados os níveis de empatia utilizando-se a versão para estudantes da Escala de Jefferson (JSPE-S, Jefferson Scale of Physician Empathy - Student version) em 336 dos 633 estudantes do curso de medicina da FCMS da PUC-SP, do primeiro ao sexto ano. A FCMS da PUC-SP tem um currículo humanístico baseado em metodologias ativas, implantado em 2006. Resultados: o estudo observou que os níveis de empatia entre os alunos do primeiro ao sexto ano da FCMS da PUC-SP mantêm-se estáveis, com valores de 121,1 ± 8,0 (média ± DP). As participantes mulheres apresentam escores de empatia superiores aos estudantes homens (122,6 ± 6,8 vs 118,2 ± 9,1; p < 0,001). Conclusão: o estudo observou que os escores de empatia dos estudantes de medicina da FCMS da PUC-SP mantêm-se estáveis em todos os anos letivos e que as alunas apresentam escores de empatia superiores aos dos alunos.