A tecnologia em saúde tornou-se um ator eficaz no processo de cuidar e gerir. Ela compõe a rede de atenção em saúde. Contudo sua característica ambivalente exige uma análise crítica e multidimensional de sua ação. O presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a disseminação e uso da tecnologia nos serviços de saúde, tendo como plano de fundo sua ambivalência e ação como ator na rede de assistencial. Trata-se de uma análise acerca do uso da tecnologia em saúde e suas repercuções sobre o cenário da assistência integral ao paciente. Tal ponto faz-se necessário uma vez que seu uso acarreta em dualidade em suas consequências e por vezes expressa-se através da mecanização e visão tecnicista do cuidado. Acredita-se que toda inovação tecnológica deve ser compreendida e analisada de forma crítica, uma vez que esta possui característica ambivalente e sua utilização repercute em consequência multidimensional. Desta forma para minimizar os efeitos contraditórios da tecnologia é necessário que esta tome seu papel como ator para compor o processo de cuidar e gerir a fim de prestar uma assistência integral à saúde no papel de um ator não-humano capaz de agir sob a forma de intervenção para promoção, prevenção, diagnóstico ou tratamento de doenças, e reabilitação.