Highlights
Compreender o perfil da violência torna se uma ferramenta a ser utilizada pelo enfermeiro para propor medidas de intervenções para que novos casos ocorram.
O conhecimento, a nível nacional, da violência contra o idoso evidência que esta é uma problemática que acontece em todo território nacional, cabendo ao país ampliar sua visão sobre a problemática.
A existência de um sistema de informações de saúde devidamente preenchido e atualizado permite que o enfermeiro tenha noção dos agravos da realidade de seu território.
Bem como o sistema de informações permite que novas ferramentas sejam utilizadas para mensuração de casos e até mesmo novas políticas públicas sejam propostas a fim de minimizar o problema.
Introdução: A violência contra a pessoa idosa é um problema de saúde pública, sendo camuflada na sociedade devida relação entre agressores e vítimas. Objetivo: Analisar o perfil da violência contra o idoso no Brasil de acordo com dados das capitais brasileiras entre 2011- 2019, enfatizando as características da vítima, do agressor e da violência. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica ecológica temporal, com coleta de informações na base de dados do DATASUS do Ministério da Saúde, consultando-se o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A população foi composta por idosos com casos de violência notificados entre 2011-2019. Resultados: A maioria dos casos foi do sexo feminino, escolaridade de 1ª-4ª séries incompletas, cor branca, sendo a violência física mais recorrente, com repetição, dentro da residência e como principal agressor os filhos. Discussão: A predominância do sexo feminino se justifica pelo gênero/socioculturais, a maioria das vítimas são brancas, condizendo com a autodeclaração brasileira, nível de escolaridade e maior distribuição de idosos sem instrução. A violência física é a mais predominante, por ser mais visível, o favorecendo sua identificação. O idoso passa mais tempo em casa, desencadeando fatores de risco relativos ao agressor, sendo os filhos mais prevalentes pelas mudanças estruturais familiares. Conclusão: O estudo possibilitou perfilar a violência contra o idoso, expondo as características dessa população e identificando possíveis fatores de risco/proteção; possibilitou identificar a importância do preenchimento correto da ficha de notificação e a necessidade de readequação da ficha física e do sistema de informação.
Como citar este artigo: Bovolenta, Larissa Cipriano; Mantovani, Julia de Lima; Frisanco, Fernanda Menegatti; Vechia, Akeisa Dieli Ribeiro Dalla. Perfil da violência contra o idoso no Brasil segundo as capitais brasileiras. Revista Cuidarte. 2024;15(1):e3233. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.3233