Promover um diálogo entre os pressupostos teórico-metodológicos da História Oral, em especial, aquele mobilizado no campo da Educação Matemática, sobretudo pelo Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática (Ghoem), e a metodologia cartográfica como inspiração possível para pesquisas neste campo, é o nosso objetivo neste artigo. Para tanto, partimos de trabalhos que, dentre outros temas, tratam das potencialidades da História Oral na pesquisa em Educação Matemática e da defesa de uma metodologia em trajetória. Ressaltamos a indissociabilidade entre pesquisar e produzir-se junto ao movimento de pesquisa; as potencialidades de lançar-se ao movimento, ainda que os caminhos sejam tortuosos; a defesa de uma metodologia produzida junto ao trabalho e ao sujeito que a opera. Esperamos que, ao final, o leitor compreenda como a História Oral com uma inspiração cartográfica pode potencializar pesquisas e formação e, também, se aproxime dos modos pelos quais temos operado no Ghoem.