Políticas sociais, participação comunitária e a desprofissionalização do care

Abstract

The present article seeks to examine the meaning that community work acquires in the context of changes in social policy and in modes of governance that have taken place in Brazil since 2000. Attributing to communities (i.e. to women) an active role in responsibility for local development and social welfare, we examine the Women for Peace (Mulheres da Paz) program in Rio de Janeiro. This program was implemented in the city's favelas as a means of confronting the forms of urban violence that have been historically practiced in Brazil. We analyze State action in deprofessionalizing care work among young "at risk" women. We conclude that the new modes of governance are not linear processes, but complex and ambivalent, involving constant disputes between program managers, operators and the subject population regarding the objectives, contents and meanings of this social policy.

Collectives of Care in the Relations Surrounding People With ‘Head Troubles’: Family, Community and Gender in a Working-Class Neighbourhood of Southern Brazil

“…On the one hand, accused of being a "political policy that is compensatory, residual, narrow and selective", it has been deemed "compatible with the accumulation of capital", and therefore unable to promote a more equitable redistribution of funds (Schmidt & Silva, 2015: 89, see also Lavinas, 2014). On the other hand, because the stipend goes (preferably) to the mother of the family only on condition that her children follow a certain prescribed behaviour, the program has been criticised for reinforcing traditional gender stereotypes that overburden women with an accumulation of responsibilities (Molyneux, 2007;Esquivel, 2011;Sorj, 2016).…”

HIV/AIDS e a ética do cuidado a partir da experiência de mulheres ativistas no Rio de Janeiro

“…Segundo as análises da moral e ética do cuidado (ou care), essa configuração de funções corresponde a um lugar comum ocupado pelas mulheres historicamente, na maioria das vezes, invisível e não remunerado, ou seja, uma função pouco reconhecida pela sociedade enquanto atividade de trabalho (Tronto, 1997;Paperman, 2011;Montaño, 2011;Sorj, 2016;Hirata & Debert, 2016).…”

“…Integra esse eixo de análise a literatura sobre o conceito de care, 2 a qual examina as dimensões emocionais, morais e simbólicas, a construção das relações de poder e de gênero e a permanência de desigualdades sociais no cotidiano dessas 1 Em revisão a respeito dos estudos deste campo, destacam-se: Galvão, 2000;Valle, 2017;Ramos, 2004;Parker, 2011;Ayres et al, 2013. 2 Sobre os estudos do care, cabe referir: Tronto, 1997;Arango e Molinier, 2011;Paperman, 2011;Montaño, 2011;Sorj, 2016;Hirata e Debert, 2016. relações. Tal perspectiva se fundamenta na ética do cuidado e numa abordagem feminista acerca das interações e dos significados que lhe são atribuídos nas suas diferentes manifestações práticas.…”

Teaching in the Midst of Armed Violence: A Visceral Pedagogy from the Favelas of Rio de Janeiro

“…El público escolar de las favelas, compuesto mayoritariamente por personas negras (pretos y pardos) 2 , está acorralado por un sistema de opresión con raíces esclavistas y coloniales, que los priva de sus derechos básicos y los somete a una lógica de criminalización que ha significado su exterminio físico y simbólico (Gomes;Laborne, 2018;Sorj, 2016;Veillette;Nunes, 2017). Este proceso de criminalización ha generado muerte, exclusión y, a su vez, profundas heridas emocionales que se manifiestan en sentimientos de inferioridad, miedo y deshumanización.…”