RESUMO: Em abril de 1978 uma infecção malárica causada por Plasinodium falciparum foi diagnosticada em um paciente adulto do sexo masculino, nativo da Amazônia brasileira. O parasito foi resistente in vitro à cloroquina e in vivo à associação pirimetamina + sulfadoxina (FansidarR). O paciente foi tratado com minociclina (Minomax R ); contudo, sua resposta imune ao parasito pode ter tido um importante papel na eficácia do tratamento com a minociclina. Amazonas, chegou ao nosso labaratório queixando-se de cefaléia, mialgia e mal estar geral iniciados há dois dias. Ao exame físico, todos os sinais vitais estavam dentro da normalidade, mas com baço e fígado palpáveis. O paciente tinha visitado recentemente três lugares no alto Rio Amazonas, Coari, Codajás e Tefé, e regressara a Manaus três dias antes do aparecimento dos sintomas; vinha fazendo uso de cloroquina como quimioprofilaxia por muito tempo e não havia apresentado ataque de malária, anteriormente. O exame de sangue realizado de imediato evidenciou que o paciente estava infectado com P. falciprum apresentando 5.200 parasitos/ml de sangue, com trofozoítos jovens e maduros, sem esquizontes. É do conhecimento a existência na área de cepas de P. falciparum resistentes à cloroquina 7,8,18 . Como o paciente havia tomado cloroquina, como medida preventiva, foi efetuado teste in vitro para verificar o grau de sensibilidade do parasito à cloro-* Da Universidade do Amazonas e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPACaixa Postal 478 -69.000 -Manaus, AM -Brasil.
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