This article brings attention to the rise of digital computing in policing in Brazil, where new technologies have been integrated into the criminal justice apparatus to surveil, manage, and police criminalized communities. I examine a reformist public policy called the Pacto pela Vida (Pact for Life) in Recife and foreground the process of collecting and interpreting data at crime scenes as a means by which to analyze how criminality is understood and conceptualized. Drawing on extensive ethnographic research, I explore how data collected by the police link racial identifiers, places, and different types of offenses. Hence, I argue that the Pacto governmentality infers a preexisting logic of power and control over the Black poor using new technologies and policing models mainly imported from the United States. When police collect data at crime scenes and categorize it according to provided standards, the sociocultural context in which events occur become invisible. [Brazil, criminality, digitized policing, neoliberal security, race] R e s u m o Este artigo quer chamar a atenção para o surgimento da computação digital no policiamento no Brasil, onde novas tecnologias foram integradas ao aparato da justiça criminal para vigiar, gerenciar e policiar comunidades criminalizadas. Eu examino uma política pública reformista chamada Pacto pela Vida no Recife e coloco em primeiro plano o processo de coleta e interpretação de dados em cenas de crime como meio de analisar como a criminalidade é entendida e conceituada. Com base em uma extensa pesquisa etnográfica, exploro como os dados coletados pela polícia vinculam identificadores raciais, lugares e diferentes tipos de crimes. Portanto, argumento que a governamentalidade do Pacto infere uma lógica preexistente de poder e controle sobre os negros pobres usando novas tecnologias e modelos de policiamento importados