Produção de cuidado em saúde centrado no trabalho vivo: existência de vida no território da morte

Abstract

Death and life are dimensions involved in the process of health work and are crossed by the way society relates to diseases, patients and outcomes of this process. In this paper, we set out a qualitative research with a team of palliative care, in order to debate: why the health work process produces ways to prevent, camouflage and disregard something that follows the existence, i.e. death? Does death bring us nothing but pain and feeling of vulnerability and finitude? We build arguments that articulate the live work in action with death in the work process in health thus concluding that the professionals who participated in the study used live work in action based on a complex and dense space of living life even in the face of the death.

The production of care in the routine of Family Health Teams

“…The large number of appointments was pointed out by the teams as an obstacle to reach the goals proposed by the FHS, due to the workload and responsibilities of these professionals. The users are "sliced" in the health services that end up concentrating their care in the use of a hegemonic science instead of being served in an individualized way taking into consideration the therapeutic process that must be traced from the bond with whom it is served (15) .…”

Pandemia da Covid-19 e o processo de morte/morrer: reflexões sobre estudantes de enfermagem

“…A morte é um processo natural da vida humana, porém, muitas vezes, é enfrentado com angústia, ansiedade e temor. A percepção de morte e morrer varia de acordo com as experiências prévias do indivíduo, sua cultura, religião, formação acadêmica e meio social em que está inserido (Chagas & Abrahão, 2017).…”

“…Outrossim, é importante destacar que, para o discente, lidar com a morte pode causar medo, pois traz a sensação de finitude, além disso, presenciar a morte de um paciente é considerada uma experiência difícil e dolorosa, pois, põe a prova suas limitações profissionais. Da mesma forma, faz emergir os limites pessoais, como a alusão a sua própria finitude, e quando essa experiência se repete com frequência pode ter impactos muito negativos sobre a saúde mental (Chagas & Abrahão, 2017;United Nations, 2020).…”

“…Mas, nem sempre é possível fugir ou ignorar a morte e, essa dificuldade para lidar com o sofrimento pessoal e do outro e com a dor emocional, está impregnada na saúde como herança do modelo assistencial biomédico, onde o indivíduo é concebido como uma máquina e a função dos profissionais é realizar o seu conserto (Chagas & Abrahão, 2017).…”

“…Nesse sentido, as medidas anunciadas pelo governo são preocupantes, pois pretendem colocar esses indivíduos para lidarem com graves processos de saúde-doença e, por consequência, os exporem a um elevado número de mortes durante este processo. Corroborando, estudos anteriores (Chagas & Abrahão, 2017;Oliveira et al, 2016;Stochero et al, 2016) apontam para as dificuldades que estudantes apresentam de compreender e lidar com o processo de morte e morrer, verificando-se que os estudantes de enfermagem não se sentem preparados e capazes de lidar com a finitude da vida.…”