Câncer bucal: o que sabem os cirurgiões-dentistas da Baixada Litorânea-RJ?

Abstract

Resumo Introdução Apesar das estratégias para prevenção e diagnóstico precoce, o câncer bucal está entre os mais incidentes no Brasil. Objetivo Avaliar o conhecimento de cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde sobre o câncer bucal. Material e método Pesquisa censitária, exploratória e quantitativa, realizada em 2021. Cirurgiões-dentistas vinculados à rede pública dos 9 municípios da Baixada Litorânea/RJ preencheram um questionário com 41 questões, divididas em 5 blocos: 1. Perfil sociodemográfico, 2. Conhecimento sobre câncer bucal, 3. Fatores de risco para câncer bucal, 4. Segurança para diagnóstico do câncer bucal e 5. Experiência na identificação de lesões suspeitas. Resultado Dos 128 cirurgiões-dentistas habilitados, 89,1% (n=114) participaram e caracterizavam-se por terem menos de 40 anos (50%), serem do sexo feminino (64,9%) e formados há mais de 16 anos (57,9%). Quanto ao conhecimento sobre o câncer bucal e fatores de risco, 84,2% consideraram seu nível de conhecimento regular ou bom e 65,8% consideraram baixo o seu nível de segurança para realização de procedimentos de diagnóstico do câncer bucal. Quanto à identificação de lesões suspeitas de câncer bucal, 86,8% realizavam exame da cavidade bucal, 7,9% não realizam porque o tempo da consulta é insuficiente e 5,3% porque não sabem fazer. Além disso, 50,9% identificaram alguma lesão suspeita nos últimos 12 meses. Notou-se também que 65,8% dos CDs não tinham conhecimento do fluxograma do município para diagnóstico e tratamento do câncer bucal. Conclusão Os achados evidenciaram lacunas com relação ao conhecimento e procedimentos para diagnóstico precoce do câncer bucal.

Câncer bucal e o papel do Cirurgião-Dentista no diagnóstico precoce: Revisão integrativa

“…No Estado do Rio Grande do Norte foi constatado que as secretarias municipais de saúde não ofereciam cursos de atualização para a maioria dos profissionais de saúde, o que impacta diretamente na fragilidade de profissionais que, ao finalizarem suas graduações, não possuem acesso à educação continuada . A intensificação de ações de educação continuada é essencial para capacitar os cirurgiões-dentistas para detectar lesões iniciais e seu risco para o paciente, bem como para identificarem a necessidade de realização do exame de biópsia, o qual deveria ser ofertado ainda nos serviços de Atenção Primária à Saúde (Freire et al, 2023).…”

“…De acordo comFreire et al (2023), foram observadas lacunas no conhecimento de profissionais da saúde bucal, as quais dificultam o diagnóstico precoce do câncer bucal, o qual deve ser ofertado nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). No Estado do Rio de Janeiro, Lima e O'Dwyer (2023) observaram fatores estruturais em ações de atenção à saúde bucal que podem restringir o diagnóstico e o tratamento do câncer de boca.No estudo de caso realizado na região Metropolitana do Rio de Janeiro por Lima e O'Dwyer (2023), os autores identificaram baixa cobertura de saúde bucal na atenção básica, com prioridade para atendimento em caráter de urgência, dificultando o diagnóstico precoce do câncer bucal no nível de atenção primária.…”

“…relatou que metade dos profissionais avaliados tinha conhecimento da relação do câncer com o HPV, ressaltando a necessidade da capacitação continuada para atualização do conhecimento dos profissionais que, por vezes, limitam-se aos fatores de risco mais conhecidos, como tabagismo Freire et al (2023). avaliaram o conhecimento de cirurgiõesO conhecimento técnico aliado à atuação profissional são as melhores formas de prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de boca, revertendo os altos índices de mortalidade da doença, a qual está entre as causas de morte mais comuns no Brasil(Silva et al, 2021) Santana et al (2021).…”