2020
DOI: 10.1590/1807-0310/2020v32242869
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Trabalho Doméstico Remunerado: Contradições Estruturantes E Emergentes Nas Relações Sociais No Brasil

Abstract: Resumo Este artigo analisa o trabalho doméstico remunerado no Brasil buscando articular dimensões conjunturais e estruturais, a partir das determinações inscritas na divisão sexual e racial do trabalho, que o conformam como um campo de trabalho assalariado majoritariamente ocupado por mulheres e, dentre elas, por mulheres negras, e marcado por relações de exploração e dominação conformadas pela imbricação das relações sociais de gênero, raça e classe, que atravessam a formação social brasileira. Analisa-se com… Show more

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“…Tal problemática é menos impactante na rotina de boa parte do contingente de homens que atuam na docência, visto que, muitas vezes os homens ocupam os melhores postos de trabalho e no âmbito privado, geralmente, não são responsabilizados pelo trabalho doméstico não remunerado e o cuidado familiar (Ávila & Ferreira, 2020). Dessa forma, pode-se inferir que o grande número de professoras que enfrentam processos de adoecimento relacionados ao trabalho não pode ser explicado apenas pelo fato delas serem maioria na categoria, é preciso incorporar nas análises o impacto das relações assimétricas de gênero, responsável por submeter as mulheres em desvantagens na divisão sexual do trabalho no âmbito familiar e fora dele.…”
Section: Introductionunclassified
“…Tal problemática é menos impactante na rotina de boa parte do contingente de homens que atuam na docência, visto que, muitas vezes os homens ocupam os melhores postos de trabalho e no âmbito privado, geralmente, não são responsabilizados pelo trabalho doméstico não remunerado e o cuidado familiar (Ávila & Ferreira, 2020). Dessa forma, pode-se inferir que o grande número de professoras que enfrentam processos de adoecimento relacionados ao trabalho não pode ser explicado apenas pelo fato delas serem maioria na categoria, é preciso incorporar nas análises o impacto das relações assimétricas de gênero, responsável por submeter as mulheres em desvantagens na divisão sexual do trabalho no âmbito familiar e fora dele.…”
Section: Introductionunclassified
“…No pós-abolição, à medida que o Estado brasileiro não implementou políticas de inserção dos/as trabalhadores/as ex-escravizados/as ao mercado de trabalho, as mulheres negras se viram obrigadas a voltarem à (ou nunca saírem da) casa-grande. Agora ocupam o conhecido "quarto de empregada", um espaço insalubre situado na área de serviço dos apartamentos (mesmo os minúsculos) ou nos fundos das residências (Ávila;Ferreira, 2020, p. 3). Aumentou a pressão de empregadores/as para que as trabalhadoras domésticas permaneçam nos domicílios em que prestam serviços, garantindo às famílias empregadoras o confinamento social como forma de proteção ao contágio da covid-19.…”
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