A forma de mobilização chamada “coletivos” é uma chave fundamental para a compreensão da maneira como se constituem os ativismos contemporâneos no Brasil e da crítica que atribuem às instituições. Este artigo pretende, em um primeiro momento, discutir aspectos do repertório de ação autonomista que, atualizados e acentuados durante as jornadas de junho de 2013, representam um marco importante para os ativismos posteriores. Em seguida, a partir da descrição etnográfica de algumas práticas e atividades de dois coletivos políticos, mostrar que a busca de metodologias de horizontalidade e autogestão assim como a autonomia e a crítica antissistema são parte desse repertório e fundamentam sua existência, seu funcionamento e sua reivindicação.AbstractCollectives constitute a form of mobilization that is fundamental for understanding how contemporary activisms have been built in Brazil as well as the criticism they attribute to institutions. This article intends, at first, to discuss aspects of the repertoire of autonomist action that, updated and accentuated during the June 2013 demonstrations, represent an important reference for later activisms. Then, based on an ethnographic description of some practices and activities of two political collectives, to show that the search for methodologies of horizontality and self-management as well as autonomy and anti-system criticism are part of this repertoire, which underlie its existence, its functioning and its claim.