A vegetação remanescente do Estado de São Paulo é fragmentada e tem sofrido com o processo acelerado de devastação, assim a manutenção de fragmentos florestais é essencial para conservação da biodiversidade. Por essa razão, o objetivo desse trabalho foi compreender a dinâmica da vegetação, por meio do mapeamento e análise dos fragmentos florestais que compõem a Guarnição da Aeronáutica de Pirassununga (SP, Brasil), localizada às margens do Rio Mogi Guaçu. Os fragmentos florestais presentes na Guarnição são essenciais para conservação da biodiversidade, uma vez que constituem ecótonos com distintas formações vegetais. A classificação e obtenção da métrica do componente arbóreo deu-se por visitas a campo e pela utilização do software livre QGIS 2.18, através do qual também foi possível realizar o exame das imagens do satélite Landsat 8, e o cálculo dos índices de vegetação por diferença normalizada (NDVI) e de forma (SI). A partir desse estudo identificou-se aproximadamente 2000 hectares de vegetação nativa, considerando formações como Floresta Estacional Semidecidual (FES) associada à Floresta Ciliar, Cerrado e Cerradão, e áreas de transição, além dos 252 hectares de várzea e 356 hectares de silvicultura. Dos municípios pertencentes à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu, Pirassununga detém fragmentos de FES e Cerradão, com área superior a 200 hectares, sendo este ainda não contabilizado na literatura. E pela utilização do NDVI pode-se constatar que no verão a vegetação apresentou-se mais densa e que no inverno há a redução desses valores devido à diminuição da biomassa foliar.