“…Os óleos essenciais interferem no sistema nervoso octopaminérgico dos insetos (mas não de mamíferos) e atuam de forma segura para os humanos, sendo investigados por terem ação como repelente, impedimento de oviposição, atividades regulatórias e antivetoras de crescimento (Koul et al, 2008). As abordagens das publicações são voltadas especialmente para: o recomendado potencial de uso de óleo essencial de eucalipto (Eucalyptus citriodora) para o controle de cupim subterrâneo Coptotermes gestroi (considerada uma das principais espécies-praga de ambiente urbano no Brasil) em cujo controle tradicional tem sido utilizados inseticidas químicos com alto riscos de intoxicação da população, contaminação do ambiente e dificuldade de isolamento de áreas tratadas (Mikola et al, 2017); uso de óleo essencial de Ruta chalepensis como alternativa saudável no combate ao Tribolium castaneum (uma praga mundial de grãos) que tem sido combatida tradicionalmente com pesticidas químicos que têm efeitos adversos na saúde e no meio ambiente (Najem et al, 2020); atividade larvicida dos óleos essenciais de Ocimum Research, Society and Development, v. 10, n. 7, e3210716146, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16146 campechianum, Ocotea quixos e Piper aduncum contra Aedes aegypti (principal vetor dos vírus da febre amarela, dengue, chikungunya e zika), indicando-se a possibilidade de cultivo local dessas plantas em áreas tropicais e subtropicais e o preparo e produção em larga escala do OE das plantas nessas regiões para o controle desses vetores ainda na fase larval (Scalvenzi et al, 2019); eficácia do óleo essencial de Piper aduncum contra ninfas e adultos de Diaphorina citri (o inseto vetor das bactérias que causam o "grenning", a principal doença que afeta a citricultura), sendo considerado um produto de baixa toxicidade alternativo para os tradicionais produtos utilizados que causam contaminação ambiental, tem impacto negativo nos organismos benéficos e leva à resistência aos psilídeos (Volpe et al, 2016). Esses e outros dados indicam que os óleos essenciais são relativamente não tóxicos para mamíferos e atendem aos critérios de pesticidas de "risco reduzido", podendo trazer benefícios diversos para a agricultura em diversas situações, particularmente para a produção de alimentos orgânicos (Koul et al, 2008).…”