Inventário da fauna de formigas (Hymenoptera, Formicidae) no Mato Grosso do Sul, Brasil

Abstract

RESUMO Formicidae inclui cerca de 16.000 nomes de espécies válidas em todo o mundo, com estimativas que excedem mais de 20.000 espécies. Atualmente 16 subfamílias foram descritas, sendo que na Região Neotropical são conhecidas 14 delas, representadas por mais de 4.000 espécies. Apresentamos a listagem de Formicidae para o estado de Mato Grosso do Sul, contemplada em inventários recentes realizados na Serra da Bodoquena, Pantanal, Chaco Brasileiro, Complexo Aporé-Sucuriú, Serra do Amolar e em uma Floresta Estacional Semidecidual Atlântica de Dourados, MS. Os dados aqui apresentados são referentes às coletas realizadas entre os anos de 2004 a 2012. O conjunto das amostras não foi padronizado para as respectivas áreas devido aos objetivos de cada estudo realizado. Até o momento foram identificadas para o estado 306 espécies em 71 gêneros de 11 subfamílias. Foram registradas pela primeira vez no estado as seguintes espécies consideradas raras para as fitofisionomias amostradas: Acanthostichus longinodis, Atta saltensis, Cryptomyrmex boltoni, Cylindromyrmex brasiliensis, Prionopelta punctulata, Probolomyrmex boliviensis, Probolomyrmex petiolatus, Procryptocerus montanus, Stegomyrmex olindae, Strumigenys xenochelyna e Tranopelta gilva. Três novas espécies foram registradas no estado: Asphinctanilloides sp. nov., Stigmatomma sp. nov. e Probolomyrmex sp. nov., em processo de descrição. Nossos estudos indicam a Serra da Bodoquena como a região mais diversa no estado para a fauna de Formicidae. Este trabalho tenta preencher a grande lacuna de conhecimento sobre a fauna de formigas neste mosaico de ecossistemas na região.

First survey of the ants (Hymenoptera, Formicidae) of Piauí: filling a major knowledge gap about ant diversity in Brazil

“…Considering the growing need for inventories to fill knowledge gaps about the diversity of places that need to be given conservation prior-ity, regional species lists are an important tool (Castro et al, 2018;Demétrio et al, 2017;Vicente et al, 2018). The primary data generated by the inventory of animal and plant species are very important in decision-making regarding environmental conservation management.…”

A checklist of the non-leaf-cutting fungus-growing ants (Hymenoptera, Formicidae) from Colombia, with new biogeographic records

“…Cyphomyrmex minutus is one of the most widely distributed species of fungus-growing ants. It has been recorded from southern United States of America (Arizona, Texas, and Florida) all the way south to Argentina (Misiones) (Snelling and Longino 1992;Deyrup 2003Deyrup , 2016Fernández and Sendoya 2004;Salinas 2010;Demétrio et al 2017). It is possible that C. minutus is a complex of cryptic species, but this hypothesis needs to be tested with a comprehensive sampling of populations from across the Americas.…”

Species list of ground-dwelling ants (Hymenoptera: Formicidae) in the Nhecolândia, Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brazil

“…The high species diversity of the Pantanal results from its morphogeological and phytophysiognomic diversity (Junk et al, 2006(Junk et al, , 2013Alho et al, 2019;Louzada et al, 2020). In fact, some researchers have proposed that the Pantanal is not a biome, but a mosaic of phytophysiognomies (Demétrio et al, 2017;Boin et al, 2019) that differ according to their degree of similarity between the Cerrado and the Chaco in the South, and the Cerrado and the Amazon in the North (Junk et al, 2006), forming different wetlands. The Brazilian Pantanal is a sedimentary basin surrounded by plateaus, forming a set of terrestrial and aquatic ecosystems (Boin et al, 2019).…”

“…Besides that, Nhecolândia has one of the highest wild vertebrate densities in the Pantanal (Alho, 2008;Alho & Sabino, 2011), especially of threatened species (Alho et al, 2019), and a high floral heterogeneity (Oliveira et al, 2018). A large number of studies have assessed the vertebrate and floral diversity in Nhecolândia (Alho, 2008;Alho & Sabino, 2011;Junk et al, 2013;Alho et al, 2019), but invertebrate inventories for the region are scarce (Lewinsohn et al, 2005;Junk et al, 2006;Demétrio et al, 2017).…”

“…Due their high density, shorter life cycle (in relation to vertebrates), and high frequency of occurrence in samplings, terrestrial invertebrates can be used as bioindicators, and can contribute to the understanding and establishment of environmental conservation measures (Lewinsohn et al, 2005). Ants are the most abundant component of the invertebrate biomass (Fittkau & Klinge, 1973;Demétrio et al, 2017). They are conspicuous organisms and live in almost all environments (Folgarait, 1998), from the arboreal strata to the underground (Lucky et al, 2013;Jacquemin et al, 2016).…”