As pesquisas com utilização de óleos e extratos vegetais têm ampliado uma série de ações no controle de vetores de doenças e pragas, como Aedes aegypti. O objetivo dessa pesquisa foi realizar a prospecção fitoquímica do Extrato Etanólico Bruto das folhas de Hymenaea martiana Hayne (EEBHm) e avaliar sua toxicidade sobre larvas e pupas de Ae. aegypti. As folhas após serem coletadas e secas foram submersas em álcool absoluto, o material foi filtrado e rotaevaporado para obtenção de extrato etanólico. Para a análise química do extrato seguiu-se as metodologias de cromatografia em camada delgada e reação química propostas por Harbone (1982) e de Wagner e Bladt (1996). Para avaliação da atividade larvicida e pupicida, foram utilizadas as concentrações de 10 mg/mL, 7,5 mg/mL, 5 mg/mL e 2,5 mg/mL do EEBHm, as análises foram realizadas em triplicata. Após a análise dos dados de mortalidade de larvas e pupas, em relação ao controle, foram calculadas a Concentração Letal Média (CL50) utilizando o software GraphPad Prism 8®. Na análise química realizada, identificou-se no EEBHm a presença de flavonóides, cumarinas, terpenos e saponinas. Após 24 horas do experimento larvicida, observou-se que as larvas expostas apresentaram uma mortalidade maior que 90% em todas as concentrações utilizadas. Em relação ao teste pupicida no decorrer das 24 horas de exposição, as concentrações de 10, 7,5 e 5 mg/mL apresentaram mais de 90% de mortalidade. A CL50 para Aedes aegypti no estágio larva foi calculada em 1,79mg/mL e para o estágio de pupas em 2,36 mg/mL. A partir dos resultados gerados observou-se que EEBHm teve ação larvicida e pupicida sobre Ae. aegypti, essa atividade biológica pode ter relação com as classes metabólicas encontradas no extrato como as cumarinas, flavonoides e saponinas.