Este trabalho discute, a partir de uma exceção linguística – o termo “brasileiro” –, aspectos da identidade e da cultura do território nacional. Para tal, apresenta noções de trabalho e exploração, as quais têm uma singularidade própria no contexto brasileiro desde sua origem como nação. O estudo parte da etimologia da palavra “brasileiro” e perpassa pelas áreas da história, da sociologia, entre outras. Ademais, traz referências literárias diversas, as quais apontam e problematizam questões que estão no cerne do eixo literatura-trabalho-cidadania. Para embasar tal reflexão, centra-se, em especial, no capital teórico de Giorgio Agamben, Roberto Damatta, Byung-Chul Han, Darcy Ribeiro e Roberto Vecchi. A reflexão evidencia que o trabalhador brasileiro sempre enfrentou uma trajetória de atrocidades, tanto no âmbito do trabalho quanto no da cidadania.