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Tempo, idade e cultura: uma contribuição à psicopatologia da depressão no idoso. Parte III:A depressão, o tempo e a cultura Sudbo admitiu a invenção, e foi demitido. Encerrou assim a sua carreira, aos 44 anos. TendênciaA vida imortal de Henrietta Lacks -esse livro, escrito por Rebecca Skoot, chegará às livrarias dos EUA em 2007. Nele, a autora conta a história da primeira linhagem de células humanas criada em laboratório, e seu objetivo é discutir o uso que a medicina e os pesquisadores em medicina fazem de tecidos retirados de todos nós em exames clínicos. De acordo com ela, o único relatório sobre o assunto, feito pela Rand Corporation, conclui haver, em 1999, 307 milhões de amostras de sangue e células diversas humanas estocadas nos Estados Unidos, retiradas de 178 milhões de pessoas. Um dos aspectos da questão é que, em muitos casos, essas amostras resultam em descobertas que enriquecem pesquisadores e laboratórios. Outro aspecto é: a quem pertencem esses tecidos? As pessoas de quem foram retirados têm direito sobre eles, e sobre o uso que será feito deles? Skoot relatou, na revista do New York Times, que pesquisas qualitativas já mostram um sentimento crescente de oposição à liberdade atual dos cientistas. Estes já se preocupam: células são uma espécie de matéria-prima da pesquisa -e se, agora, os doadores de tecidos decidem dizer: "minhas células podem ser usadas para investigar isto, mas não aquilo"? A pesquisa pode parar... e é ela, crê a cultura ocidental, que sustenta a esperança no "avanço" permanente da medicina, aquele que -supostamente -vai afastar para mais longe dos humanos a certeza da morte. O tema do envelhecimento e da morte não é estranho a nenhuma sociedade humana, e sempre esteve presente nos contos, mitos e representações teatrais desde a antiguidade. Todas as tradições folclóricas e mitologias têm algo a dizer sobre o assunto (Bastos, 2005(Bastos, , 2006. Cultura, envelhecimento e morteDe acordo com a antiga tradição budista, o príncipe Siddharta Gautama partiu em busca da verdade após ter sido confrontado com quatro visões conturbadoras. A primeira delas foi precisamente a de um homem velho, em franca decrepitude. Na mitologia grega temos diversos mitos referentes ao destino do homem. Na Teogonia, após guerra dos Titãs e a deposição de Cronos por Zeus, instala-se uma nova era, em que o tempo agrícola vai sendo substituído pelo tempo urbano. Como já foi mencionado, as lutas de Héracles, filho de Zeus, contra Anteu, filho de Gea, a Terra, e contra Busíris, do Egito, que capturavam os estrangeiros (comerciantes) que aportavam em suas terras e os sacrificavam às divindades telúricas para obterem fertilidade na produção agrícola, representam simbolicamente essa época de mudanças.As Moiras -Cloto, a fiandeira; Lachesis, a medidora; e Átropos, que corta o fio da vida -eram divindades responsáveis por cada vida humana, conhecidas como As Parcas pelos romanos. No célebre enigma da Esfinge, solucionado por Édipo, propõe-se o homem como o animal que anda com quatro pernas pela manhã, duas ao mei...
Tempo, idade e cultura: uma contribuição à psicopatologia da depressão no idoso. Parte III:A depressão, o tempo e a cultura Sudbo admitiu a invenção, e foi demitido. Encerrou assim a sua carreira, aos 44 anos. TendênciaA vida imortal de Henrietta Lacks -esse livro, escrito por Rebecca Skoot, chegará às livrarias dos EUA em 2007. Nele, a autora conta a história da primeira linhagem de células humanas criada em laboratório, e seu objetivo é discutir o uso que a medicina e os pesquisadores em medicina fazem de tecidos retirados de todos nós em exames clínicos. De acordo com ela, o único relatório sobre o assunto, feito pela Rand Corporation, conclui haver, em 1999, 307 milhões de amostras de sangue e células diversas humanas estocadas nos Estados Unidos, retiradas de 178 milhões de pessoas. Um dos aspectos da questão é que, em muitos casos, essas amostras resultam em descobertas que enriquecem pesquisadores e laboratórios. Outro aspecto é: a quem pertencem esses tecidos? As pessoas de quem foram retirados têm direito sobre eles, e sobre o uso que será feito deles? Skoot relatou, na revista do New York Times, que pesquisas qualitativas já mostram um sentimento crescente de oposição à liberdade atual dos cientistas. Estes já se preocupam: células são uma espécie de matéria-prima da pesquisa -e se, agora, os doadores de tecidos decidem dizer: "minhas células podem ser usadas para investigar isto, mas não aquilo"? A pesquisa pode parar... e é ela, crê a cultura ocidental, que sustenta a esperança no "avanço" permanente da medicina, aquele que -supostamente -vai afastar para mais longe dos humanos a certeza da morte. O tema do envelhecimento e da morte não é estranho a nenhuma sociedade humana, e sempre esteve presente nos contos, mitos e representações teatrais desde a antiguidade. Todas as tradições folclóricas e mitologias têm algo a dizer sobre o assunto (Bastos, 2005(Bastos, , 2006. Cultura, envelhecimento e morteDe acordo com a antiga tradição budista, o príncipe Siddharta Gautama partiu em busca da verdade após ter sido confrontado com quatro visões conturbadoras. A primeira delas foi precisamente a de um homem velho, em franca decrepitude. Na mitologia grega temos diversos mitos referentes ao destino do homem. Na Teogonia, após guerra dos Titãs e a deposição de Cronos por Zeus, instala-se uma nova era, em que o tempo agrícola vai sendo substituído pelo tempo urbano. Como já foi mencionado, as lutas de Héracles, filho de Zeus, contra Anteu, filho de Gea, a Terra, e contra Busíris, do Egito, que capturavam os estrangeiros (comerciantes) que aportavam em suas terras e os sacrificavam às divindades telúricas para obterem fertilidade na produção agrícola, representam simbolicamente essa época de mudanças.As Moiras -Cloto, a fiandeira; Lachesis, a medidora; e Átropos, que corta o fio da vida -eram divindades responsáveis por cada vida humana, conhecidas como As Parcas pelos romanos. No célebre enigma da Esfinge, solucionado por Édipo, propõe-se o homem como o animal que anda com quatro pernas pela manhã, duas ao mei...
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