2019
DOI: 10.1590/1415-4714.2018v22n1p130.8
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Além da compulsão e da escolha: autonomia, temporalidade e recuperação pessoal

Abstract: Este artigo discute a autonomia da pessoa que faz uso problemático de substâncias psicoativas (UPSP). Após o exame da ideia de autonomia de quem faz UPSP, a partir dos paradigmas médico, psicológico e moral, que oscilam entre as compreensões do uso como compulsão ou escolha, discute-se os aspectos psicopatológicos envolvidos no UPSP, em especial a experiência da temporalidade e suas implicações para o debate da autonomia dessas pessoas e para o seu processo de recuperação pessoal.

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“…Entretanto, abordagens centradas na experiência e na pessoa vem crescendo, não apenas como uma estratégia de mútua ajuda, mas também como um princípio clínico para os profissionais de saúde e para sistemas de saúde (Fulford, 2011). Nelas, vemos uma revalorização das narrativas, onde os profissionais de saúde, mais do que buscarem nomear a experiência do outro, os ajudam a compreendê-la, buscando razões e nomeações próprias a fim de facilitar a convivência, aceitação ou forma de lidar com elas (Leal, Muñoz & Serpa Jr., 2019).…”
Section: Discussionunclassified
“…Entretanto, abordagens centradas na experiência e na pessoa vem crescendo, não apenas como uma estratégia de mútua ajuda, mas também como um princípio clínico para os profissionais de saúde e para sistemas de saúde (Fulford, 2011). Nelas, vemos uma revalorização das narrativas, onde os profissionais de saúde, mais do que buscarem nomear a experiência do outro, os ajudam a compreendê-la, buscando razões e nomeações próprias a fim de facilitar a convivência, aceitação ou forma de lidar com elas (Leal, Muñoz & Serpa Jr., 2019).…”
Section: Discussionunclassified
“…The universally accepted criteria for SUD continue to consist of a mixture of subjective elements (e.g., craving for substance use), behavioral elements (e.g., narrowing of the drinking repertoire) and biological elements (tolerance and abstinence) (American Psychiatric Association, 2013;World Health Organization, 1999). Although these criteria are able to cover, in a generic way, the majority of problematic experiences, they do not shed much light on the specific differences among the ways in which people, in their daily realities, actually experience them (Leal, Muñoz, & Serpa, 2019). Their application depends on subjective criteria that cannot be defined objectively -as, for instance, what a person or a social group understands by restriction of the drinking repertoire is by no means universal.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…Pesquisas revelam que a experiência de cada indivíduo com a droga é particular, já que é determinada por vários elementos tais como: o estado mental precedente ao uso, a individualidade, a experiência biológica e o modo como a experiência é vivida; o que demonstra a complexidade da questão. (Leal, Muñoz, Serpa Jr. 2019).…”
Section: Introductionunclassified