“…(Zahavi, 2010, p. 8) A partir dessa consideração acerca da possível riqueza das análises da fenomenologia; que compreendem tanto sua empreitada transcendental (atividade principal da filosofia fenomenológica), bem como sua possibilidade em informar atividades não-filosóficas; vemo-nos forçados a analisar exemplos de sucesso no movimento fenomenológico, através dos quais a fenomenologia, dentro e junto da psicopatologia, vem desenvolvendo-se. Deparamo-nos, então, com o desenvolvimento do movimento de psicopatologia fenomenológica ou psicopatologia informada fenomenologicamente que, desde sua origem no começo do século XX, através de Jaspers, Minkowski, Binswanger, Boss, Blankenburg e outros(as) (Beumont, 1992;Spiegelberg, 1972), a partir de um uso explicitamente não-filosófico da fenomenologia, chega ao fim do século como movimento estabelecido, com discussões internas relevantes e contraposições robustas à psicopatologia mainstream (Parnas, Sass, & Zahavi, 2013;Tamelini & Messas, 2017).…”