“…A caracterização do perfil epidemiológico das agressões por animais silvestres em Pernambuco permitiu analisar variáveis importantes que são notificadas durante os atendimentos antirrábicos humanos realizados em todo o estado. Ao analisá-las e interpretá-las segundo as recomendações do MS, as indicações de tratamento foram classificadas em adequadas ou inadequadas, além de serem recomendadas possíveis mudanças e o estabelecimento de novas estratégias de vigilância para esse agravo.Durante o período de 2011 a 2017, foram registrados 6.363 casos de agressões envolvendo os animais silvestres no estado, tendo a distribuição dos atendimentos semelhante entre os anos estudados, com uma média de 910 casos por ano, sendo os maioresAzevedo et al (2018) no Estado da Paraíba, observaram que as crianças e os idosos são os grupos de pessoas mais suscetíveis às agressões.De acordo com eSantos et al (2017), é possível que os adultos estejam mais suscetíveis a tais agressões, devido às atividades de trabalho desenvolvidas (risco ocupacional) e, tratando-se de animais silvestres, consideramos também a manipulação acidental em atividades de ecoturismo, e contato intencional através da domesticação do Callithrix jacchus (sagui de tufo branco) no Ceará, como identificaramAguiar et al (2011) acrescido a esses fatores o hábito sinantrópico desses animais em áreas urbanas pode ter aumentado a exposição às agressões(Aguiar et al, 2011).As mesorregiões de Pernambuco das quais as pessoas agredidas procediam foram distribuídas predominantemente no Agreste, seguida pela cidade de Recife e Sertão, com 23,7%, 23,4% e 14,9% das notificações, respectivamente (Tabela 2). Santos et al(Santos et al, 2017) que realizou um levantamento epidemiológico no Agreste de Pernambuco no período de 2010 a 2012, também constatou que o Agreste é uma das mesorregiões do estado que tem uma grande procura pelo atendimento antirrábico humano por parte da população.Tabela 2.…”