O suicídio envolve um conjunto de fatores neurológicos, psiquiátricos, comportamentais, sociais e ambientais. Estima-se que a cada 40 segundos, uma pessoa execute o ato ao redor do mundo. Este artigo objetiva descrever as medidas e intervenções que podem ser tomadas por profissionais da saúde frente a pacientes em risco de suicídio, descrevendo métodos de rastreio, diagnóstico, conduta e prevenção. Para a construção desta revisão de literatura, o levantamento bibliográfico foi feito por meio de artigos extraídos das plataformas UpToDate, PubMed e Medline, a partir dos descritores em português e inglês: suicídio, prevenção do suicídio, diagnóstico do suicídio e tratamento do suicídio, e suicide, suicide prevention, suicide diagnosis and suicide treatment, respectivamente, além de livros e documentos governamentais. O comportamento suicida envolve ambivalência, impulsividade e constrição sendo importante avaliar dentro desse espectro, a ideação e planejamento do suicídio, bem como execuções prévias do ato. Atualmente, existem poucas ferramentas validadas e confiáveis para fazer o rastreio e a classificação segundo o risco de pacientes, além disso, o diagnóstico precisa de estudos mais aprofundados para se estabelecer critérios com boa acurácia e confiabilidade. A prevenção baseia-se no referenciamento de pacientes para os centros de atenção psicossocial (CAPS) e afastamento dos pacientes vulneráveis dos meios letais. Portanto, a abordagem do paciente sob risco de cometer suicídio ainda enfrenta falta de dados concretos e estudos mais profundos para definir ferramentas de rastreio e diagnóstico confiáveis, baseando-se no julgamento e prática clínica dos médicos, com manejo restringindo-se a tratar comorbidades psiquiátricas e encaminhamento para centros especializados.