Promoção em saúde mental de adolescentes em países da América Latina: uma revisão integrativa da literatura

Abstract

Resumo A Promoção em Saúde (PS) apresenta um fortalecimento recente dentro das políticas públicas e quando se trata da infância e adolescência na América Latina (AL) observa-se ainda forte consonância com as determinações internacionais. Considerando o aumento de prevalência de sofrimento psíquico nesta faixa etária e a construção histórica política dos países latino-americanos abordar a PS se torna mais urgente. O objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar, por meio de uma revisão integrativa da literatura, produções acadêmicas que tratam de estratégias de PS mental de adolescentes na AL e, assim, visibilizar as ações e provocar reflexões dialogadas com as críticas Sulistas, representadas pela declaração de Bogotá. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 6 estudos. Identificou-se que o principal espaço onde as ações são desenvolvidas é a escola. Além disso, como medidas potenciais foram identificadas a capacitação dos profissionais, a ação grupal e o fortalecimento da atenção primária e territorial. Discute-se que a realidade socioeconômica estruturada historicamente da AL reflete uma organização própria das ações em PS. Com isso, a visibilização das estratégias que potencializam a baixo custo uma melhora na saúde mental de adolescentes pode contribuir com a reflexão atual.

Setembro amarelo: a experiência de estudantes de enfermagem sob a lente da saúde mental

“…Diante deste cenário, é imprescindível evidenciar a importância de atividades educativas cujo o foco seja a saúde a nivel mental, biopsicossocial e espiritual deste público. Para tanto, Souza et al (2021) explicam que a escola é o principal ambiente focalizado para a realização destas atividades. Isto ocorre devido à complexidade do adolescer, como também das vulnerabilidades às quais essa faixa etária está exposta, levando-as a compreender que a qualidade de vida (QV) pode sofrer influência dos saberes acerca dos agravos e problemas de saúde.…”

“…Outrossim, é necessário destacar que a parceria entre os setores saúde e educação, apresenta-se como um potencial a ser explorado em medidas de Promoção em Saúde (PS) para com este público, tendo em vista o desenvolvimento de práticas intersetoriais, que transcendem usar, corriqueiramente, o contexto da escola unicamente como um meio de acesso à populaçãoalvo, mas também como um parceiro na implementação de ações partilhadas e desenhadas com e para esta população. Nessa perspectiva, outros setores da assistência também podem ser convidados a compor, na proporção em que a intersetorialidade se apresenta como eixo conceitual da PS, tendo por objetivo a validação de ações efetivas e condizentes com as práticas existentes (Souza et al, 2021).…”

Práticas de grupo em espaços públicos para promoção de saúde mental de adolescentes: um protocolo de revisão de escopo

“…Contextos de exposição a riscos; vulnerabilidade social; privação dos bens materiais, simbólicos e culturais; também estão associados ao sofrimento psíquico e às interferências globais do desenvolvimento. (Marciano et al, 2022;Souza et al, 2021;Freitas et al, 2018).…”

“…Este é um conceito que valoriza os saberes culturais, com práticas contextualizadas e que auxiliem nos processos de transformação social. (Souza et al, 2021).…”

“…As pesquisas também apontam que as práticas e os processos grupais tendem a articular os profissionais e os sujeitos com o cuidado através de uma relação horizontal de proximidade e partilha que se diferencia das práticas tradicionais de saúde. (Souza et al, 2021;Sangioni et al,2020;Barreto et al, 2019;Fernandes, 2019) Research, Society andDevelopment, v. 11, n. 11, e307111133224, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33224 Em conformidade aos princípios norteadores do sistema de saúde -SUS que prevê: integralidade do cuidado, fortalecimento das ações multiprofissionais, construção coletiva de práticas de saúde baseadas no perfil da comunidade (Ministério da Saúde, 2008;Sangioni et al, 2020;Fernandes et al, 2019), é que considera-se os agrupamentos e os lugares de coexistência dos adolescentes sejam um caminho possível para a promoção de saúde mental.…”