De Nosso Território Sabemos Nós: experiência de cartografia social para emergências e desastres

Abstract

Resumo O artigo apresenta o projeto De Nosso Território Sabemos Nós, em duas comunidades das cidades serranas fluminenses que sofreram o desastre de 2011, com o objetivo da criação de dispositivo para comunicação on-line, associado à cartografia social, buscando pôr em diálogo gestão e cidadãos de maneira permanente e dinâmica. O dispositivo permite que as necessidades locais sejam visíveis para deliberação de políticas públicas. A constituição das Comunidades Ampliadas de Pesquisa, composta por moradores e suas associações, participantes da gestão municipal e pesquisadores em regime de ecologia dos saberes, se realizaram através de oficinas cartográficas. A identificação das vulnerabilidades e potencialidades das comunidades, o aflorar das memórias e conhecimentos locais permitem o fortalecimento da resiliência comunitária. Dessa forma, a valorização da experiência na elaboração das cartografias sociais faz emergir a autoconsciência do grupo. O processo de mapeamento demonstrou o quanto os territórios são desconhecidos para a gestão municipal e até mesmo para seus moradores.

Barriers to Access to Palliative Care in Colombia: A Social Mapping Approach Involving Stakeholder Participation

“…12 It has been used in different studies in health care by summoning people to structure points of view and realities of their territories and communities. 13,14 MacConville 15 conceptualizes social mapping as an approach to reveal the dynamics of patients, families, and health professionals within their historical, political, and social context and their relationship with each other. It visually expresses the complex reality of the data of specific territories and represents it on collectively constructed maps.…”

A Gestão Pública na prevenção de desastres: o caso de Sertânia, Pernambuco, nas chuvas de 2020.

“…Valdivieso e Andersson (2018), p. 20, comentam que "situação atual de mudanças climáticas e desastres, previam também que "sem a organização cidadã dos territórios as soluções ficam distantes, abstratas e incomensuráveis". Estes autores comentam ainda que há um consenso de que, embora difícil, é necessário diminuir a distância entre gestão/peritos e cidadãos e integrar os coletivos comunitários para que haja uma combinação dos conhecimentos e consequentemente uma transformação real da sociedade.A população é quem é, efetivamente, capaz de apresentar suas reais necessidades e por isso é tão importante que participe dos processos políticos Oliveira et al (2021),. p. 4580, dizem ainda que "compreender como um determinado território foi ocupado e gerido por determinada população é condição para transformar os processos de vulnerabilização e apoiar soluções, muitas vezes, não vislumbradas".…”