Acesso à fisioterapia de crianças e adolescentes com deficiência física em instituições públicas

Abstract

Resumo Este estudo objetiva identificar os fatores que dificultam o acesso de crianças e adolescentes com deficiência física ao tratamento fisioterapêutico, em estabelecimentos credenciados ao Sistema Único de Saúde em Curitiba, Paraná, Brasil. Trata-se de um estudo transversal que entrevistou gestores, fisioterapeutas, pais e/ou responsáveis por crianças com deficiência física. A percepção de dificuldades de cada um dos grupos de entrevistados foi comparada por meio de estatísticas descritivas, considerando as dimensões: disponibilidade, poder de pagamento, informação e aceitabilidade. Considerando a dimensão disponibilidade, identificaram-se como dificuldades: distância entre o estabelecimento e a residência dos usuários, pouca oferta de serviços e fila de espera. Em relação ao poder de pagamento, observou-se a falta de recursos financeiros entre os pais. Nas dimensões informação e aceitabilidade, a falta de informação acerca do diagnóstico e a negação foram referidas pelos participantes. Conclui-se que o serviço de fisioterapia não tem sido garantido em tempo favorável ao desenvolvimento motor das crianças, de modo que se faz necessário rever a organização e distribuição dos serviços, bem como são essenciais políticas efetivas que garantam a sua utilização.

Acesso ao serviço de saúde auditiva infantil no Rio Grande do Norte, Brasil

“…The interval between referral at the maternity hospital and the first service at the hearing health care service shows a fragility in the access to the medium complexity service since it represents the waiting line. This finding corroborates national and international studies which have described similar situations in the services used by people with disabilities 17,18 . The justifications for such a finding may be due to the lack of communication between the services, low supply of professionals such as speech therapists and specialized care, insufficient information for families 10,19 , underfunding in public health, and regional inequalities in the supply of health services 20 .…”

“…In this study, the distance between the municipality and the service did not influence the access to the service, but in the literature, the geographical distance is pointed out as one of the barriers the access to the health service, especially in the perception of parents 12,13,17 . This aspect is considered in the organization of the services and points of the Health Care Network for People with Disabilities, in which the user must be seen, preferably, in the service closest to his/her residence 5 .…”

“…The distance may not have been high enough to negatively impact this access. In the literature, most studies are qualitative and portray the perception of parents about this aspect 12,13,17 . Another factor that interferes directly with access to the service, and can justify this finding, is care regulation; the municipalities must make flow pacts in the network; this factor may be an explanation for the non-influence of distance on access.…”

Neonatal hearing screening programs: quality indicators and access to health services

“…1,3 Evasion in this phase demonstrates a rupture in the continuity of care and reflects the obstacles of the Network of Care for People with Disabilities, which are the waiting lists for health services, flaws in the regulatory system, the low supply of care and specialist professionals such as speech therapists and the concentration of services in more urban areas. 9,[24][25][26] The HHS does not have an active search program for the completion of the hearing assessment, which could help the early diagnosis of hearing loss and enable the child to remain in the Health Care Network, being valid for cases of diagnosis and monitoring auditory.…”

Acessibilidade geográfica aos serviços de reabilitação de crianças com síndrome congênita do vírus Zika

“…Evidenciam-se, assim, as longas distâncias percorridas para serem assistidas durante o processo de reabilitação. No estudo de Silva et al 25 , a distância foi relatada como a maior dificuldade da acessibilidade de crianças e adolescentes com deficiência aos serviços de reabilitação. No entanto, esse achado se contrapõe ao conceito de Região de Saúde, que foi normatizada pelo Decreto 7508/2011 como "espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde", garantindo então a acessibilidade adequada de acordo com as necessidades do usuário 26,27 .…”