“…Entretanto, à época da submissão da pesquisa ao CEP, ainda não havia resolução específica que tratasse das especificidades éticas das pesquisas nas ciências humanas e sociais, considerando as metodologias relativas a essas áreas (BRASIL, 2016). Assim, não havia, de imediato, um entendimento de que a relação pesquisadora-adolescente se construiria continuamente no trabalho de campo, podendo implicar redefinições no curso da pesquisa "no diálogo entre subjetividades, implicando reflexividade e construção de relações não hierárquicas" (GUERRIERO, 2016(GUERRIERO, , p. 2622, sendo fundamental o estabelecimento de vínculo direto com o/a adolescente, incluindo a assinatura do TCLE. Dessa forma, embora o processo de obtenção da aprovação do CEP tenha sido longo, com duração de cerca de oito meses (abril a dezembro de 2013), atendendo aos nossos argumentos nessa pesquisa, foi aprovada a supressão do TCLE dos responsáveis, sendo a solicitação de autorização formal (TCLE) e o vínculo estabelecidos diretamente com as adolescentes, dimensão que se revelou crucial para a aproximação, a interação e a imersão no universo social dessas usuárias.…”