Objetivos: analisar a progressão do coeficiente de mortalidade por suicídio e a oferta de serviços da rede de atenção psicossocial (RAPS) no atendimento de pessoas com risco ou tentativa de lesões autoprovocadas intencionalmente. Método: estudo de série histórica, entre 2001 a 2017, no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Utilizaram-se dados secundários oriundos dos sistemas de informação e de relatório da gestão. Resultados: o coeficiente anual de suicídio foi de 6,51/100.000 habitantes. Predominou o sexo masculino (77,26%), faixa etária de 20 a 59 anos (76,18%) e raça branca (86,70%). A RAPS em parte atende as necessidades e demandas, com destaque para 183 leitos hospitalares e 12 Centros de Atenção Psicossocial. Conclusões: as ações de prevenção do suicídio precisam ser sinérgicas em todos os níveis de atenção à saúde, com profissionais de saúde qualificados por meio da educação permanente para atender essa complexidade do sofrimento psíquico.