O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar o mercado de orgânicos no Brasil no período de 2000 a 2020, com destaque para o estudo dos canais de comercialização acessados por este mercado, bem como analisar este mercado por meio do ferramental da análise SWOT nestes últimos 20 anos. A metodologia de pesquisa é exploratória (levantamento e articulação da revisão de literatura) e, também, apresenta natureza qualitativa por meio da aplicação da análise SWOT. No que se refere ao avanço da produção orgânica foi possível concluir que esta tem crescido cada vez mais, visto que o número de estabelecimentos com produção orgânica cresceu em mais de 1.000%, passando de 5.106 em 2006, para 64.690 em 2017. A região de destaque na produção foi a Sudeste, seguida pelo Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Mediante aos estados que possuem o maior número de estabelecimentos, em primeiro lugar, se encontra Minas Gerais, logo após o Paraná, Pernambuco, São Paulo e Pará. Todavia, a região que mais consome produtos orgânicos é a Sul, sendo a principal motivação a busca por uma alimentação mais saudável. Em relação ao perfil destes consumidores, foi possível concluir com a presente pesquisa que o gênero que mais compra produtos orgânicos são as mulheres. Quanto a escolaridade dos indivíduos, em sua maioria possuem ensino superior. Mediante ao estado civil dos consumidores, os casados e solteiros aparecem como destaque. Sobre os canais de comercialização acessados, foi possível concluir que os principais canais de distribuição de produtos orgânicos no Brasil são as feiras livres, supermercados, restaurantes e lojas especializadas, sobressaindo-se a venda direta. Desta forma, foi traçada a matriz SWOT, afim de identificar as oportunidades, fraquezas, forças e ameaças, almejando criar estratégias de fortalecimento deste mercado. As questões como saúde e, portanto, a busca por uma alimentação mais saudável, principalmente, diante da pandemia, além das questões ambientais, visto que essa produção visa a manutenção da saúde do solo e principalmente pelo não emprego de químicos, gera oportunidades e pontos fortes para esse mercado. Por outro lado, a escassez de crédito bancários ou até mesmo pela assistência técnica, além da sua escala de produção menor, acaba encarecendo os produtos para o mercado consumidor. Além disso, as políticas públicas são importantes para influenciar na estrutura e desempenho da produção orgânica, por intermédio do oferecimento de créditos bancários com o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica- PLANAPO, assistência técnica fornecida pela Assistência Técnica e Extensão Rural- ATER e geração de novos meios de comercialização, sendo Programa de Aquisição de Alimentos-PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE.