Introdução: Entre as doenças ocupacionais que acometem os trabalhadores, a dor lombar é a maior causa de afastamento, gerando custos sociais e econômicos, além de debilitar a qualidade de vida. Este estudo caracterizou o perfil dos trabalhadores rurais de municípios do Vale de Rio Pardo/RS em relação à dor lombar, à flexibilidade e aos desvios posturais. Métodos: Pesquisa descritiva, não-aleatória, realizada com trabalhadores rurais de três municípios que integram a microrregião Sul do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo. Para avaliar a dor lombar, utilizou-se a escala de Borg; a flexibilidade, o Teste de Sentar e Alcançar; e a avaliação postural, o Teste de Nova Iorque. Resultados: Dos sujeitos selecionados, 58% referiram algum tipo de dor, 74,4% trabalhavam predominantemente em pé, 83,7% não realizavam atividade física regular nem alongamentos diários. Na flexibilidade, os trabalhadores de Candelária apresentaram maior percentual de classificados como “ruim” e “regular” (76,9%). Em relação à postura, Pantano Grande não possuía indivíduos avaliados como “normal” e trouxe a maior porcentagem de sujeitos classificados como “grave”. Conclusão: Foi constatada uma tendência no aumento da dor lombar e dos desvios posturais nos trabalhadores que não incluem em seus hábitos diários atividades físicas regulares para o equilíbrio postural.Palavras-chave: dor lombar, saúde do trabalhador, população rural, flexibilidade.