2021
DOI: 10.1590/0104-87752021000100010
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Lembrar e esquecer na internet: Memória, mídias digitais e a temporalidade do perdão na esfera pública contemporânea

Abstract: Resumo Para os estudos sobre a memória, a lembrança e o esquecimento são processos sociais, sendo parte dos discursos de memória que condicionam as disputas sociais e políticas. Dentre os fatores que caracterizam as disputas de memória, pode-se acrescentar, nas últimas décadas, o surgimento das tecnologias digitais. Este artigo busca compreender a relação entre as novas tecnologias e os processos de lembrança e esquecimento na esfera pública contemporânea. Percebendo uma dissolução da esfera pública em torno a… Show more

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“…16 Diante desses dois polos, cabe dizermos que, na era digital, parece haver uma valorização maior do primeiro modo de memória, na medida em que observamos o uso cada vez mais intensificado de recursos e dispositivos técnicos de estocagem e reprodução de informação. Dessa forma a memória em tempos digitais se tornaria, potencialmente, um acúmulo de informações recuperáveis que transmite a sensação de capacidade de armazenamento ilimitado 17 . Assim, na obsessão de tudo arquivar e transformar em conteúdo histórico, a ponto de, podendo tudo reter, reduzir a memória às suas bases materiais, de modo a já não se poder mais saber o que é útil para a vida, podemos pensar na segunda dimensão da memória concebida por Assmana recordaçãoe, consequentemente, na sua relação com a possibilidade do esquecimento que, a partir de então, deixa de ser uma ameaça à lembrança, uma disfunção que remete ao apagamento de rastros, e passa a ser uma de suas condições de possibilidade.…”
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“…16 Diante desses dois polos, cabe dizermos que, na era digital, parece haver uma valorização maior do primeiro modo de memória, na medida em que observamos o uso cada vez mais intensificado de recursos e dispositivos técnicos de estocagem e reprodução de informação. Dessa forma a memória em tempos digitais se tornaria, potencialmente, um acúmulo de informações recuperáveis que transmite a sensação de capacidade de armazenamento ilimitado 17 . Assim, na obsessão de tudo arquivar e transformar em conteúdo histórico, a ponto de, podendo tudo reter, reduzir a memória às suas bases materiais, de modo a já não se poder mais saber o que é útil para a vida, podemos pensar na segunda dimensão da memória concebida por Assmana recordaçãoe, consequentemente, na sua relação com a possibilidade do esquecimento que, a partir de então, deixa de ser uma ameaça à lembrança, uma disfunção que remete ao apagamento de rastros, e passa a ser uma de suas condições de possibilidade.…”
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