Falar sobre violência na escola parece investir em assunto corriqueiro e com ares de modernidade, atribuindo a esta o sentido de um problema que se agiganta. No entanto, podemos afirmar que a escola não está dando conta de seus alunos reais porque ela continua sendo a escola ideal para alunos ideais. Estudos comprovam que as dificuldades de aprendizagem trazem em seu bojo, no caso específico dos transtornos de aprendizagem, um fator importante a ser considerado que é o desconhecimento do assunto por parte dos educadores. Este fato, aliado a situações de bulling, é, comprovadamente, um dos fatores desencadeadores da violência escolar.
IntroduçãoApesar de a aproximação entre educação e biologia acontecer há séculos, muitos educadores ainda permanecem com uma visão dicotômica no que diz respeito à relação corpo e mente. Essa concepção corrobora a ideia de que o corpo é responsabilidade do profissional de saúde enquanto a mente fica sob os cuidados da educação.A discussão em torno deste tema está presente nas ponderações de filósofos e cientistas e todas elas acabam por cair em duas vertentes: monista, que afirma que toda a natureza e as relações da vida podem ser atribuídas a uma única unidade; isto é, segundo esta doutrina filosófica, mente e corpo são indissociáveis. A outra vertente é a dualista, cujos adeptos afirmam a existência de duas naturezas, quaisquer que sejam as ordens das ideias, ou seja, o dualismo existe na relação alma e corpo, cérebro e mente, matéria e espírito. Esta doutrina inclui a corrente filosófica moderna chamada racionalismo, representado, por exemplo, por René Descartes.