“…Ampla gama de materiais são utilizados para reparação de defeitos teciduais desde a segunda guerra mundial, incluindo componentes biológicos e sintéticos a base de polipropileno, carboximetilcelulose, poliglactina e hialuronato, entre outros, que servem de arcabouço, criando condição para o preenchimento de tecido cicatricial.As membranas biológicas são compostas basicamente por colágeno, tendo como características elevada resistência, boa elasticidade e baixa reatividade do organismo, além do baixo custo de obtenção(PIGOSSI, 1967).Os implantes biológicos são utilizados na reparação de defeitos teciduais, onde não é possível a aposição, acelerando a cicatrização. Seu uso é descrito em vários órgãos de várias espécies, como: esôfago (ALVARENGA, 1992), diafragma(RANZANI et al, 1990), traqueia (VELOSO et al, 2002, e na substituição de colédoco (ALVARENGA, 1977) de cães.Nos equinos há relatos de emprego de pericárdio homólogo em feridas cutâneas (BELLENZANI; MATERA; GIACÓIA, 1998), cólon menor(BELLENZANI et al, 2004) e cólon maior(LEIRIA et al, 2015) e em herniorrafia inguinal(SPAGNOLO et al, 2016).Bellenzani e colaboradores (2004) relataram a utilização de pericárdio homólogo no reparo de lesões de intestino grosso de equinos, sem ocorrência de aderências em outras estruturas da cavidade abdominal, o qual foi recoberto e incorporado pelo organismo com oito semanas após a implantação, com observação de discreto tecido cicatricial. Na quinta semana já havia dificuldade de diferenciação entre o implante de pericárdio homólogo e o tecido de cicatrização.A substituição completa da membrana de pericárdio por tecido cicatricial ocorre ao redor de 60 dias(RANZANI et al, 1990), sendo observado durante este período processo inflamatório com migração celular, áreas degenerativo-necróticas, edema e tecido de granulação jovem.…”