ResumoA demanda por produtos de origem animal vem aumentando gradativamente no mundo, e a expectativa é que continue crescendo nos próximos anos, juntamente com a produção desses itens. Em consequência, ocorre também acréscimo na geração de diferentes tipos de resíduos nas propriedades. Um dos resíduos gerados na produção animal são os resíduos de serviço de saúde animal (RSSA). Diante desse cenário, objetivou-se realizar uma revisão sobre o gerenciamento de RSSA. Os RSSA, mesmo que produzidos em menor quantidade, devem receber cuidado especial devido à capacidade de infectar e contaminar o meio ambiente e o ser humano. O gerenciamento de RSSA é importante para mitigar os impactos ambientais e sanitários e nas propriedades rurais ainda é pouco discutido e realizado. É importante buscar medidas para realizar a correta segregação e posterior reciclagem dos RSSA. A disposição final da maior parte desses resíduos é efetuada de forma inadequada, sendo de fundamental importância a implantação de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos e estudos na área. Palavras-chave: Compostagem. Produção Animal. Reciclagem. Segregação.
IntroduçãoO consumo de produtos de origem animal, como carne, leite e ovos vem aumentando gradativamente no mundo, isso se dá basicamente pelo crescimento da população e pela elevação da renda per capita (HOFFMANN et al., 2013). A expectativa é que a produção e a demanda aumentem ainda mais nos próximos anos (BRASIL, 2016). O Brasil apresenta grande potencial para atender a esse consumo mundial (HOFFMANN et al., 2013), visto que o país está em posições de destaque nas atividades pecuárias, como bovinocultura, avicultura e suinocultura, tornando a produção animal importante para o agronegócio do país. Em consequência do aumento de produção, ocorre também acréscimo na geração de diferentes tipos de resíduos nas propriedades (FERREIRA, 2014; CESTO-NARO et al., 2010).Um dos resíduos gerados na produção animal são os resíduos de serviço de saúde animal (RSSA), que são constituídos por placentas, natimortos, mortalidade, seringas, agulhas, frascos de vacinas, antibióticos, desinfetantes, entre outros. Os resíduos de serviço de saúde (RSS), mesmo que produzidos em menor quantidade do que os demais, devem receber cuidado especial devido à capacidade de infectar e contaminar o meio ambiente e o ser humano HOPPE, 2005).