“…Apesar de ter sido estratégia essencial para garantir a vitória de chapas em algumas eleições devido à sua efetividade -conforme Lau, Sigelman e Rover (2007), Lourenço (2009), Borba, Veiga e Martins (2015), Castells (2017), Maia e Alves (2017) -, o uso de propagandas negativas tende a danificar também a imagem do emissor, criando a possibilidade de diminuição nas intenções de voto para ambos. Em casos de ataques pessoais -e sem base factual -, por exemplo, o efeito bumerangue, como é denominado, pode dominar o resultado pretendido da campanha negativa (GARRAMONE, 1984;MERRITT, 1984;BASIL;SCHOOLER;REEVS, 1991;BUDESHEIM;HOUSTON;DEPAOLA, 1996;KING;MCCONELL, 2003;MAIA;ALVES, 2017;VEIGA;MARTINS, 2018;SANTOS;MENEZES, 2018). Entretanto, vale ressaltar que, uma vez atacado, a pior estratégia é ignorar a acusação, o que torna racional absorver o efeito bumerangue ao contra-atacar, como afirmam Lau, Sigelman e Rovner (2007) e Craig, Rippere e Grayson (2014).…”