Trajetórias assistenciais de idosos em uma região de saúde do Distrito Federal, Brasil

Abstract

RESUMO O objetivo foi identificar as trajetórias assistenciais de idosos em uma região de saúde do Distrito Federal e suas percepções acerca desses percursos. Pesquisa qualitativa que analisou, com base na metodologia de caso traçador, 14 percursos assistenciais de idosos. Foram realizadas entrevistas com idosos e cuidadores, processadas por análise de conteúdo; e consulta a prontuários. Mapas das trajetórias descritas foram elaborados por geoprocessamento. Identificou-se que o percurso real feito pelos idosos difere do previsto na legislação, e que as fragilidades apontadas estiveram relacionadas à difícil acessibilidade, ao deficit de profissionais, à falta de medicamentos e ao tempo de espera para atendimento na atenção especializada. As potencialidades relatadas pelos idosos envolveram humanização no atendimento, tais como o bom acolhimento por parte da equipe, a construção de vínculos e escuta qualificada, e sensação de bem-estar após as consultas. Apesar de o modelo de atenção ainda ser fragmentado e estar distante da situação ideal, os usuários se sentem satisfeitos com os cuidados recebidos, evidenciando aspectos positivos no processo do cuidar em saúde. Entretanto, a organização de processos de trabalho e a articulação entre os níveis de atenção à saúde precisam ser revistas e adequadas às especificidades desse ciclo de vida.

O Modelo de Atenção às Condições Crônicas e suas implicações para a Atenção Ambulatorial Especializada

“…A Atenção Secundária, representando a média complexidade e os serviços ambulatoriais especializados, é identificada como Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), conforme nomenclatura descrita pelo MACC. A AAE é considerada pelo senso comum como um gargalo no SUS principalmente pela dificuldade na acessibilidade aos serviços, o que gera longas filas de espera, e falha na comunicação entre os serviços (7) .…”

The Chronic Care Model and its implications for Specialized Outpatient Care

“…Secondary Care, representing medium complexity and specialized outpatient services, is identified as Specialized Outpatient Care (SOC), according to the nomenclature described by the CCM. SOC is considered by common sense as a bottleneck in the SUS mainly due to the difficulty in accessing services, which generates long waiting lines, and failure to communicate between services ( 7 ) .…”

Perfil de Pacientes Idosos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde no Município de Imaculada - Paraíba: Um Relato de Experiência

“…(TESSER;NORMAN, 2018). É considerada o primeiro nível de atenção à saúde, pois colabora no acolhimento das necessidades da comunidade, bem como auxilia na relação entre profissionais de saúde e os pacientes, especialmente quando relacionada aos indivíduos idosos, devido às limitações especiais que estes apresentam (CADORE; DUTRA, 2021).Nesse contexto, a Atenção Básica (AB) possui como um dos principais objetivos integrar os cuidados ao idoso no seu plano de atendimento especializado, visando elevar a perspectiva de vida desse grupo e, instigar o cuidado primário à saúde, a fim de reduzir o desenvolvimento de comorbidades crônicas, como diabetes e hipertensão(SACCO et al, 2020).Segundo Dietrich, Colet e Winkelmann (2019), o aumento substancial da população idosa requer modificações no atendimento dessas unidades, estabelecendo um olhar mais humanizado e individualizado, com base no uso de protocolos uniformes, como medidas de distúrbio metabólico relacionado a disfunção hepática ou enzimática, ocasionando aumento da glicemia sanguínea(RIBEIRO et al, 2019). Ao passo que, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é tida como uma enfermidade cardiovascular mediada alterações na pressão arterial dos vasos(MARQUES et al, 2019).…”