Análise Crítica dos Pressupostos e Fundamentos Conceituais da Escola de Psicossomática de Paris

Abstract

Resumo Este artigo apresenta uma análise crítica do quadro teórico da Escola de Psicossomática de Paris. Pretende-se demonstrar a hipótese de que tal matriz conceitual está sustentada em uma concepção iluminista de subjetividade, que concebe o corpo como algo a ser dominado pela mente. Argumenta-se que tal concepção se manifesta de forma implícita na hipótese defendida pelos autores dessa escola, segundo a qual a vulnerabilidade do indivíduo ao adoecimento somático seria resultante de uma insuficiência fundamental ou passageira do funcionamento mental. Demonstra-se que tal enunciado é herdeiro da concepção de psiquismo formulada no âmbito da metapsicologia freudiana, na qual a mente é entendida como um aparelho destinado a possibilitar a descarga de excitações, sobretudo as provenientes do próprio corpo (pulsionais).

Questões sobre sexualidade e educação sexual: novos paradigmas e horizontes

“…Para dialogar sobre essa categoria, o artigo "Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes" apresenta uma análise comparativa entre Caminhoneiros Clientes e não-Clientes do comércio sexual" (Santos et al, 2018). Os autores apontaram um panorama da situação de exploração sexual infantil em Porto Alegre e Alegrete, RS, Itajaí, SC, Cubatão e Santos, SP, Belém, PA, Natal, RN e Aracaju, SE.…”

“…Com efeito, dialogar sobre os direitos da criança e do adolescente pode propiciar um estado de conhecimento e conscientização das pessoas, conduzindo atitudes no sentido do cuidado e proteção. Santos et al (2018) apontaram a necessidade de a sociedade discutir mais os direitos das crianças, propiciando maior proteção a elas. Desta forma, a exploração sexual infantil só será erradicada quando os preceitos do ECA e da Constituição de 1988 forem divulgados e compreendidos pela população.…”

“…Entre os trabalhos mais contemporâneos a Freud, destaca-se o de Groddeck (1866Groddeck ( -1934, médico e também diretor de um hospital para doentes crônicos na cidade de Baden-Baden (Alemanha), onde aplicava conhecimento muito próximo à psicanalise freudiana, mesmo sem conhecer, inicialmente, Freud e suas técnicas (Santos & Peixoto Junior, 2018). Apesar de sua importante produção no campo da psicanálise, Groddeck não demonstrava interesse em ser foco de produção científica.…”

“…Para ele, nos dois casos, a diferença estaria, apenas, na forma de exteriorização é da doença, ou seja, na forma como o Isso (Inconsciente) se expressa. A esse respeito, cabe lembrar que o Inconsciente para Freud e Groddeck, inicialmente, pode ter a mesma explicação teórica, porém Santos & Peixoto Junior (2018)…”

“…Por outro lado, a partir da publicação do trabalho "Das Ich und das Es" ("O Eu e o Isso"), , alegando ter sido influenciado por Groddeck, passa a utilizar o termo Isso, mas num sentido radicalmente distinto do empregado pelo colega de Baden-Baden. De fato, enquanto o Isso groddeckiano pretende contemplar a totalidade dos processos e forças em atuação no indivíduo, o Isso freudiano é tomado como uma espécie de reservatório das pulsões, ou seja, trata-se de uma redução do Isso proposto por Groddeck a uma dimensão puramente energética" (Santos & Peixoto Junior, 2018).…”